sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um pouquinho de amor

Dedos entrelaçados, respiração acompanhada - feito um único corpo - a chuva lá fora só nos serve como trilha sonora. Dois olhos estão fechados, dois abertos. Alguns dedos encontram outros na ponta da cama. A pele macia encontra os deliciosos pêlos de uma perna masculina, ah... as pernas, nuas. Os dedos dos pés que se encontraram são levemente quentes e a sensação é incrivelmente boa. Eles brincam, acariciam uns aos outros e se roçam. Uma mão escorre da barriga macia, passa pelo pescoço e chega na barba já crescida e gostosa, que chega a fazer cócegas nas pontas dos dedos. Ela contorna a boca e o nariz, em especial, delicadamente. Faz o contorno de um rosto tranquilo e sereno. Os lábios, formigam, e são impossiveis de controlar. Tocam, suavemente, o rosto, diversas e duradouras vezes. Até que os lábios quentes se encontrem, e eu me sinta, ainda mais, em paz.


para você, S (L)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fim de Linha

A água da chaleira ferveu tanto e ficou tanto tempo ardendo no fogo que transbordou, deixou a chaleira quase vazia de tanto que transbordou. Ninguém fez nada. Só assistiram a água caindo nas beiras. Como se fosse bonito... E pareceu que todo mundo tratava tudo desse jeito. Só assistindo. Deixavam as coisas acontecerem e piorarem e transbordarem. Ninguém se moveria. Nem que a água fervendo estivesse sendo despejada em alguma parte do corpo dessas pessoas que só aceitam. "A água vai queimar minha pele, vai me machucar, mas o que eu vou fazer?" Eu vi tanta gente sofrendo calada, achando bonito tanta dor. Cheguei, diversas vezes, a me irritar com esses que se permitem sofrer tanto e pensam que não existe como melhorar. É assim que temos que viver, sofredores. Firula! Chamo isso de estagnação. Ou então, as pessoas sentem realmente um certo prazer na tristeza e melancolia. Isso me enoja. E não pretendo viver de sofrimento. Estúpidos são aqueles que se permitem e esquecem que há sempre um motivo para continuar. Desistir é estúpidez, ainda mais se tratando da sua própria felicidade. E essa história de que ser feliz sozinho pode ser descartada, ninguém tem a obrigação de vir até você e te fazer feliz. Você, sozinho, vai em busca de felicidade. E talvez o sofrimento se atribua à isso também. Cabe somente a nós acabar com as lágrimas e iniciar novamente, sorrindo. Gente sofrida me cansou, e chorar pelo passado é tão last week! Sorri, a vida continua linda, em todos os aspectos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Carpe Diem

Tendo vida longa, muitos anos pela frente, ainda ouvimos que devemos viver intensamente e não desperdiçar nenhum momento. Agora, se tivéssemos realmente pouquíssimos tempo, todo momento seria importante. Eu iria colocar todos os meus planos e os meus sonhos para acontecer de imediato, tempo desperdiçado não poderia acontecer. Pode ser difícil, mas quando sabemos que temos pouco tempo, aproveitamos ainda mais a vida, vemos jeitos melhores de viver e certamente não deixaríamos coisas ruins nos abalarem, a vida vale a pena quando está repleta de momentos intensos, que transbordam felicidade e sorrisos. Se nos víssemos com tempo curto para viver, tentaríamos fazer tudo que sempre sonhamos, o mais rápido possível. Aquela famosa história de viver tudo, aproveitar tudo. Mas, mesmo que essa tal profecia de que o mundo acabe em 2012 não for real, nós devemos viver desse jeito! Aproveite, sem pensar em quando o seu tempo acabará, VIVA e não desperdice os momentos bons, nós não levamos nada da vida, mas ficaremos marcados pelos momentos maravilhosos.

Pauta para o Tudo de Blog: E se o mundo acabasse em 2012?

sábado, 14 de novembro de 2009

Eu vivo hoje

Quando anotei em meu caderno a data 02/11 me surpreendi com o tempo, que passou demasiado rápido e parei em Novembro achando que ainda tinha muito tempo até o ano acabar. E quando chega mês assim, ou contamos nos dedos para que acabe de uma vez ou vemos ele passando rápido pelos nossos olhos implorando para demorar, pedindo para passar mais devagar. Já não sei se quero que acabe de vez esse ano ou se peço para passar mais devagar. Tempo vai passando e a gente se cansando sempre mais um pouquinho. Tanto faz o tempo, ele vai passar de qualquer maneira, vai me afastar e me aproximar, vai mudar e reorganizar tudo. Tira e recoloca todas as coisas em seus lugares. E faz tempo que eu venho falando do tempo, e de todas as coisas que ele me trouxe e me tirou, e me mostrou e tentou me fazer evitar. E vou testando, até onde eu consigo, os meus próprios limites. Já escutei que só aprendo depois dos tombos e que preciso aprender com o tempo para saber aonde devo pisar. Os erros são realmente a minha especialidade, mas eu tenho uma certa fé nesse tal de tempo, e sei que não é de todo o mau esses tais tombos que andei levando. Tenho coisa para aprender, coisas demais. Experiência para adquirir, e não hesitarei em dizer que cai, cai sim, me ralei muito mas levantei, ergui a cabeça e continuei. Tentei enxergar várias vezes esse lado, encontrar em mim mesma e não buscar nos outros as forças para levantar. Ninguém vai te levantar, isso é bobagem. Força tem dentro de você, lá no fundo, mesmo você não querendo enxergar ela está lá, esperando uma pontinha de vontade, vontade de reviver, de levantar. Falta vontade em tanta gente e agradeço por não me faltar. Em todos os tombos que levei eu quis me erguer de novo, e sei que os próximos não serão diferentes. Lamentei as decepções, depois notei que todos aqueles que me fizeram ir dormir sem vontade de sorrir não mereceram meu afeto por eles. É assim que tem que ser, eu vou ter sempre que achar forças em mim e esquecer os outros. Eu caio sozinha, levanto sozinha e sorrio, pura e limpa, toda a negatividade que me fizeram passar, ficou para TRÁS. Eu vou olhar só para frente, conquistar felicidade permanente.


ps: GEEENTE! abandonei TOTALMENTE o meu blog né? Fiquei sem ideias por um tempão ahahahaha E a preguiça não ajuda, e nem a escola. Tô morrendo de saudade desse blog, quero mudar de novo o layout dele e voltar a postar. Sei lá, vamo vê se em breve rola! ahaha

domingo, 27 de setembro de 2009

Profundamente e Intensamente

Eu não me sinto no lugar certo, eu me sinto com a pessoa certa, mas não no lugar certo. Nós precisamos de ar, de vento, de mar, de céu estrelado, de paz. Por que não temos um carro? Eu quero que você me tire daqui, eu quero os vidros abertos e o vento no nosso rosto. Eu quero seus dedos suaves na minha pele novamente. Eu quero o som alto, muito alto. Eu quero sentir a música, a paz, ele. Noite pura e serena, nós não precisamos de muito, precisamos? O mundo já não me importa mais, e o dia não deveria terminar nunca, a noite não deveria terminar nunca. A luz do sol iluminando o teu rosto é tranquila, mas o luar, as estrelas, a brisa que a noite nos traz, te deixa tranquilo, e fica suave. Não existe nada, nunca existiu. Não penso, não me preocupo, não existe relógio, não existe fim. Assopra vento, assopra o meu rosto. Trás consigo mais uma onda de paz, mais dessa positividade. A energia nunca é ruim assim, eu consigo sorrir só de sentir o vento tocar meu rosto, e o seu rosto, e me mostrar ainda mais como você é lindo, e como meus dedos desejam tocar seu rosto, seguir as curvas. Eu sinto. Profundamente e intensamente. Minha mente esvazia, o vento sopra para dentro de mim a sensação de que esse é o lugar certo, a hora certa e o alguém certo. Eu deixei escapar, o vento tirou de mim: "Eu não imaginei que fosse te amar tanto assim". Não existe mais lugar certo se não quando o luar está sobre mim, ou sobre nós. Quando só existe as estrelas, o vento, a paz, a música. Eu sinto. Profundamente e intensamente. Eu te sinto, eu me sinto. Toca meu ombro nu com teus dedos, de novo e de novo. O silêncio nunca me pareceu tão bom quando seus lábios suaves estão tocando os meus. Eu quero mais. Muito mais. Muito mais de nós. Muito mais do sossego. Sossego. Vento. Paz. Você, amor, só você. Eu sorri, eu me sinto leve. Eu sinto, e eu quero continuar sentindo. Vamos, amor, me leva embora. Me leva embora, precisamos - desesperadamente - sumir.

sábado, 12 de setembro de 2009

Vem cá

Fim de tarde, e eu aqui sozinha. Minha casa fica em silêncio, e meus pensamentos correm para você. Normalmente quando meu estômago embrulha e penso em coisas ruins, costumo assoprar essas coisas para fora da minha mente e a ocupo com você. É difícil passar tanto tempo ocupando-a para não pensar somente em você, e então, quando coisas ruins me vêem, minha única saída é você. E tento pensar com tanta força para conseguir tira-los realmente de mim. Dá certo. E eu gosto, não há razões para não pensar nessas horas, só mais motivos para continuar. E deito na grama verde e que penica levemente as minhas costas para olhar o céu limpo e azul, mas eu queria o sol iluminando o seu rosto ao meu lado, para que eu pudesse passar meus dedos sobre sua face e absorver cada pedaço do seu rosto. Sentir essas vontadezinhas se tornou comum para mim. Mas agora lá fora chove e eu quero ficar quietinha ouvindo a chuva, ou algum daqueles sons que certamente me lembrarão você. Não devem haver muitas coisas que eu faça sem pensar nele. Escuto a chuva mas, ele bem poderia estar aqui comigo. E eu não precisaria de tantos cobertores já que normalmente sua pele é quente. E eu afundaria meu rosto naquele pescoço só para sentir ainda mais o cheiro que o corpo dele tem, e é só dele. Ninguém poderia ter o mesmo cheiro, não seria tão bom. Me pergunto se é normal sentir vontade de um alguém por todos os minutos do dia. Se é normal esperar que alguém chegue quando a noite cai, exausto do trabalho, jogando roupas e sapatos pelo chão da sala e corra me encher de beijos por estar com saudade mesmo tendo me visto pela manhã. Assim confesso, diz isso, diz. Diz que sentiu saudades. Diz que o tempo passou arrastado, diz! Ai, diz também que não via a hora de chegar em casa, de sentir meu cheiro. Diz que noite não é noite sem a minha presença e seu sono não é tranquilo sem que eu esteja ao seu lado. Vai, fala. Eu quero escutar. Deixa a nossa casa empreguinada com o seu perfume ao sair do banho, enrolado na toalha e vem me beijar gentilmente. Mas vem logo depois do banho para o seu corpo ainda estar quente por causa da água e um pouco molhado. E já te falei que você fica lindo com o cabelo molhado, não falei? E já te falei como é bom sentir o seu corpo e não as suas roupas? Lá se foram horas pensando em como descrevê-lo, de novo e de novo e de novo. E mais alguns (muitos) minutos que passei tentando compreender e sempre desisti. Os esforços que fiz e todas as vezes que eu insisti em dizer não foram para o lixo. Ele. Ai o que ele tem de tão diferente de todos os outros? Meu corpo nunca consegue parar com você. E se você me olhar assim, ah, vem cá, vem e fica por uma eternidade comigo.

Seis ♥

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pausa

Céu limpo, azul bonito amplo lá em cima. Eu sempre fico muito tempo pensando sobre o nada. E gosto mesmo quando me encho de nada e fico em paz. Não existem preocupações e o mundo inteiro não importa nenhum um pouco quando o vento joga o meu cabelo para trás e tem todo aquele azul logo ali em cima. Se você silenciar por alguns momentos, não deixe de notar o barulho do mar. Não deixe de fechar os olhos quando a brisa que vem do mar tocar seu rosto. Não deixe também, de deitar abaixo das estrelas e assistir elas brilharem. Eu sei, eu sei que pode parecer muito chato e muito sonolento. Mas experimente mesmo assim. Sente o cheiro quando a chuva cai? Tem um cheirinho diferente, especialmente quando são chuvas de verão. O asfalto da cidade sufoca. Quem te disse que eu quero continuar aqui? Céu azul e toda aquela movimentação chata. Sol fervilha mais ainda na cidade grande. Eu não tenho paz aqui. Não tem vento gostoso que bate suave contra o seu corpo largado aqui. Eu poderia fugir um pouquinho, não poderia? Sentimentozinho cretino sempre vem me perturbar nessa época. Nem vejo a hora daquele finalzinho de ano chegar. Sei que demora, mas passo o ano inteiro esperando essa época. Tem gente por aí que gosta mesmo do movimento mas eu quero sossego. Só um pouquinho. E ficar cansada de não fazer nada. E decorar os traços do céu azul. Ou dormir na rede enquanto o sol vai embora e a lua junto das estrelas deixam iluminada a cidade escura. Faz silêncio. Escuta o som do mar, só um pouquinho. Você consegue sentir a tranquilidade que eu sinto? Eu não costumo compartilhar com muita gente. Eu nunca encontrei alguém que sentisse a mesma vontade de sossego que eu. Sempre silencio, são as minhas vontades e eu não sei porque não consigo dizer em alto e bom som. Me acostumei tanto a silenciar. Então, assiste o sol indo embora - que para mim é bem melhor que assistir as lojas se fechando e todos aqueles carros enfileirados. E o som da tranquilidade não se compara as buzinas do inferno que nós vivemos durante o ano inteiro.

Quero viajar ):
E juro que respondo os comentários assim que possível!

sábado, 22 de agosto de 2009

Como eu faço para sair de um inferno?

Olhinhos inchados. Nariz vermelho. Prende a respiração, prende. Não abre a boca, tenta falar pouco. Vamos ver algo bem tosco na Internet só para soltar uma risadinha sem graça. Não adiantou. Abri a boca para tentar dizer alguma coisa e tudo desabou. Sempre assim. Prender a respiração não adiantou. As lágrimas continuavam escorrendo e eu me achando muito tonta. Para menina, para. Aí eu parava, lembrava, e voltava tudo. Para dizer a verdade, não me parece ser lá grande coisa. Mas vi que essa não era a última gota de um copo cheio, era muito água rolando para transbordar cada hora mais esse copo. Sufoquei. Cadê mesmo os motivos pelos quais eu ainda sorria? Perdi? Eu não sei aonde foram parar todas as pessoas, estava tudo tão vazio. Tão silencioso. Eu só escutava o meu próprio choro estúpido e tosco. E eu odeio chorar. Me sinto tão fraquinha e eu odeio ser fraquinha. Eu quero mesmo é encher a mão na cara de algumas pessoas e deixar, bem bonitinho, os meus dedinhos em suas bochechas. Pode? Ah vai, diz que podeeee! Cansei, cansei mesmo de toda essa gente cretina. Fala para mim o que tanto eu faço de errado? Por que, pelo visto, eu sou a pior pessoa do mundo e eu quero enxergar aonde está isso. Aonde eu sou assim? Me mostra porque ninguém pode ser sincero comigo e porque tem sempre que ser tão idiota. Me mostra, me explica. Me fala porque eu perdi tanto todo esse tempo. E eu não consigo enxergar o porquê e eu não aguento mais perder. Me dá paz. Alguém me tira daqui que eu não consigo mais respirar! Me afasta desse povinho nojento, dessa vida tão chata. Me leva embora, me mostra a calma que eu sei que conheço. Tira o peso das minhas costas que eu já não aguento... e vou caindo e curvando. E todo mundo só olha e não se mexe. Vocês são todos tão estátuas, tão peças de um tabuleiro velho, desgastado e sujo. Peças velhas, eu quero jogar vocês fora.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cala essa boca, que isso é coisa pouca perto do que passei

Li em algum texto por aqui da Maira Viana em que dizia que "as pessoas me fazem desistir", e quando li e mostrei para uma amiga ela achou muito triste, muito deprê. Então eu olhei bem, li mais algumas vezes e é incrível como pode parecer triste mas como é, incontrolavelmente, verdade. As pessoas nos fazem mesmo desistir. As pessoas teem a incrível mania de querer a infelicidade dos outros. E eu não sei porque ninguém consegue simplesmente aceitar que outra pessoa está feliz. Ah, como assim ela está sorrindo? Não, ela tem que chorar. Não gosto dela sorrindo. Gente desocupada. Abre a sua cabeça e coloca alguma coisa decente aí, por favor? Não aguento mais esse povinho medíocre e sem um tiquinho de coisa interessante na cabeça. Os assuntos são sempre os mesmos, as manias são sempre as mesmas. A inveja. Sempre a mesma. O jeito como essa gente age, o jeito nojento e injusto. Eu não consigo entender porquê eles não podem cuidar de suas vidas. Me diz, que graça eles vêem na vida dos outros? Me diz, porque é que eles odeiam ver alguém sossegado? Desisti de entender. Só ainda não desisti de tudo. E digo mais, as pessoas não vão me fazer desistir. Esse povinho nojento e sem caráter não vai mais me colocar lá em baixo e pisar em mim. Não quero mais. Tem tanta gente por aí se deixando pisar, porque em mim? Porque em nós? Nem vejo assim tanta graça na minha vida... Não há nada demais nela. Fico aqui, com os meus probleminhas normais, tentando resolver tudo e querendo sorrir o tempo inteiro, buscando o meu conforto. E veem as pessoas, preocupadas demais com a vida dos outros, querendo nos fazer desistir. E não, eu não quero mais. Não aguento mais. Não preciso de ninguém, até onde eu sei. Já consegui uma vez, voltei a sorrir, precisa mesmo me tirar isso novamente? Não, não precisa não. Eu não vou deixar. Eu não vou deixar mais pessoas tentando me fazer desistir.

O que os outros pensam nós jogamos fora!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

By my side

Não adianta. Não funciona procurar palavras antigas. Não funciona escutar mil músicas. Não com você. Faz tempo que esqueci como se escreve, faz tempo que não perco minha paciência, faz tempo que tenho uma paz diferente. De uns tempos para cá o nervosismo passa quando eu olho para você. Patético. Não sei quando resolvi deixar para trás o meu modo de agir antigo e começar tudo de novo. Não sei quando decidi jogar tudo em cima de você, grudar na sua testa, gritar para quem quiser ouvir que não, não existem olhos para ninguém mais. Eu perdi meu rumo. Cansei de repetir isso, cansei das minhas próprias palavras. Faz tempo que eu vou dormir e sinto falta dos seus braços. Cadê seu cheiro no meu lençol, no meu travesseiro? Essa não é a minha cama. Está tudo fora do lugar. Faz tempo que eu sinto falta de alguma coisa logo que a noite cai, logo que o sol aparece e não há ninguém para grudar os lábios suaves nos meus e me dar bom dia. Todo mundo já cansou de ouvir, ouvir sobre você. Eu não sei o que aconteceu. E tenho vontade de me bater, de me beliscar cada vez que toco no seu nome porque sei que não vou parar. Espero os seus atos, um movimento qualquer seu. Eu esqueci como era sem você. Esqueci do que eu falava. Já que hoje, decididamente, você é um dos assuntos principais. Não era assim, não era. Não sei quando decidi deixar tudo para trás. Esqueci, apaguei, tudo o que passou. Seja lá o que você fez comigo, minha tranquilidade é constante. Não sei como isso foi acontecer. Não comigo. A calma, essa calma eu não conhecia. Esse sorriso, eu também não conhecia. O conforto, desconhecido. Seja lá quem te deu permissão para agir desta maneira, fez a coisa certa. Mas agora acho que me acostumei, e vou querer essa tranquilidade constante para sempre. Faz isso, fica comigo, deita do meu lado, aquiete-se. O seu lugar, agora, é comigo.



Queridinhas observações: Gente, ando completamente perdida. Esqueço sempre que tenho isso daqui. Me falta muita cabeça para criar textos ultimamente, mas é que ando tanto no mundo da lua e tão tranquila que nem sei mais do que falar, sempre acabo me achando repetitiva e piegas. Estou tentando mudar o rumo desses textos, logo espero mudar um pouco. Os comentários estão respondidos, finalmente, eu ando com uma preguiça do nada que é incrível. Férias prolongadas e eu só sei ficar deitada. Mas, eu vou criar vergonha na cara e deixar a preguiça de lado.

sábado, 8 de agosto de 2009

Dois

Se eu disser que não tentei, seria mentira. Que não tentei fingir que éramos mais um casal qualquer. Seria mentira se eu dissesse que não tentei esquecer. Tentei. Mais de uma vez. Desisti, ou pensei em desistir. Não consegui, falhei todas as vezes. Voltei atrás, bastava te olhar, e putz, qual era a decisão que eu havia tomado? Não existia mais. E tenho medo. Medo de dizer e de fazer coisas erradas. Coisas que jamais saíram da minha boca antes. Eu tentei, várias vezes, desfazer todo o estrago que você fez. Apagar qualquer mísero de sentimento que brotasse dentro de mim. Eu só achei que apagava. O sentimento continuava ali. E eu nem sabia. Então eu vi, vi que só crescia e eu não tinha como parar. O medo dobrou. Claro, como eu poderia deixar tudo acontecer e crescer e não ficar com medo? Escureceu, eu já não sei por onde andar há tempos, que caminho seguir... Eu me perdi. Me perdi em mim e em você e não achei o caminho de volta. E nem quis também, quando acordei, tentei procura-lo mas você vinha, sorria e eu me perdia de novo. Ainda me resta medo, eu continuo andando sem saber para onde. Mas eu sinto seus braços em volta de mim e parece que você é a melhor pessoa do mundo e eu não posso me enganar, não posso me machucar e me decepcionar. Não pode ser possível que irei errar com todas as pessoas. Não pode acontecer com você. Como eu vou fazer para voltar depois? Se já ando no escuro há tempos e já me perdi tantas vezes... Fala para mim, como eu vou achar o caminho de volta? Como eu vou olhar para as coisas e para mim mesma sem te enxergar? Quando você está aqui, pouco me importa o escuro e os caminhos, mas quando vai embora... Aí sim eu lembro, lembro que posso cair e posso criar novas cicatrizes. Não vai embora, fica comigo. Não aja como todos já agiram, não me deixa cair. Eu escolhi juntar nossos caminhos, mas tem de valer a pena. Eu não quero jogar o tempo, as minhas verdades, no lixo. Quero que sejam justas, quero te dar o meu destino, sem me arrepender.

"Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver a mão"

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quando cansa...

Os gritos. Ecoaram na minha cabeça, não soava mais como um, mas como vários. Várias pessoas gritando no meu ouvido. Eu implorei para que parassem, eles não pararam. Me inconformei com tamanha crueldade, hipocrisia, egoísmo. Mal consigo entender como podem ser absolutamente individualistas. Eles me irritam de maneira incompreendivel. Perco minha paciência, muda-los seria missão impossível. E eu cansei de tentar e ser em vão. Eu continuei tentando fazer o meu melhor e ver sorriso em todos essas caras falsas e nojentas, mas eu também desisti. Depois de ver que ninguém notaria os esforços, ninguém daria valor. Eu continuei tentando e ajudando, para não receber nada em troca. E cansei de esperar que fizessem algo por mim, já que eu já havia feito muito também. Esperar algo das outras pessoas foi um erro. Não sobrou ninguém, ninguém que se salvasse. Ninguém que reconhecesse, que notasse. Não valeu a pena, não valeu mexer em nada, mudar nada, tentar nada. E cansei. Cansei de tentar em vão. Cansei de me importar com quem não quer saber como eu estou. Cansei de tentar melhorar e não valorizassem. Eles não vão dar importância. E foram como atos jogados no lixo todas as vezes em que me esforcei para agradar alguém. Mas eu cansei, e não me importo mais. Não me esforço mais. E, se eu parar, eles vão continuar com suas vidinhas medíocres, não fará diferença. Nunca fez. Tiro um peso de mim. Eles vão continuar preocupados demais com seus umbigos...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Leite Derramado

E se eu não tivesse dito? E se eu não tivesse feito tudo o que fiz? E se... Não é difícil achar alguém que pense desta maneira, alguém que veja o passado e pense que poderia ter feito diferente. Não é difícil achar alguém que se arrependa, que faria o oposto. Mas, vale a pena mesmo pensar desse jeito? Olhar para trás e enxergar os erros? Entre tantos tropeções, algo daquilo visto, vem com você, vem na sua bagagem e forma um caráter. Uma forma de pensar, de ver os problemas. Querendo ou não, os tropeções e os acertos, mudam algo em nós. Mudam o jeito de ver as coisas. Não consigo olhar para o meu passado e pensar "se eu não tivesse feito aquilo", e mesmo aqueles que já pensaram ou continuam pensando nesta maneira, não podem deixar de ressaltar que as coisas feitas anteriormente ensinaram-lhe algo. Mostraram como fazer, como agir, como reagir. O nosso passado não é um erro, está escrito que teremos que cair, para que possamos levantar e tentarmos novas maneiras, novos jeitos de caminhar. Não se arrependa, o que aconteceu serviu para alguma coisa, basta saber como aprender com os tombos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tem que ter um fim?

O local é muito quieto, o cheiro é diferente aqui dentro, cheiro estranho. As paredes normalmente brancas, corredores gigantes, todos vestem branco. Tudo aqui me parece muito vago, muito neutro. Muito profissional. Entretanto, me faz lembrar de dores, e ao mesmo tempo, também me faz lembrar de coisas boas. De segurança. O cara vem todo de branco, anda com as mãos nos bolsos do jaleco. Gentilmente abaixa a cabeça e dá uma notícia ruim, quantas famílias não passam por isso? Quantas pessoas não recebem essas notícias todos os dias? E lá vai a pessoa próxima demais, sofrendo como nunca antes, chorando uma ferida que nunca mais irá cicatrizar - pode cessar, a dor vira costume, só a saudade mesmo que aperta vez em quando - arranjando e ajeitando todo o resto. Apesar da dor, já dizia Shakespeare, o mundo não irá parar para que peguemos nossos pedaços ao chão. Então lá vai outra coitada sofrendo atrás de preparativos, e lá vai uma filha, uma mãe, uma sobrinha, uma prima distante. Eu olho aquele corpo ali, deitado e não me transmite serenidade. É como uma pedra, não me soa tranquilo. Me dá náuseas, não consigo ficar ali. Não consigo tocar, nem encarar por muito tempo. Viro as costas e coisas passam pela minha cabeça e me pergunto porque é que eu fui parar ali. Por que é que estamos aqui mesmo? Para onde iremos depois que nosso tempo esgotar por aqui? Como continua? Se é que continua... Essas perguntas me confundem demais, me deixam para baixo. Nós nunca sabemos o que vem depois disso tudo que vivemos hoje, e não saber o que vem depois, sempre dá medo. Eu me abraço forte e tento pensar em outras coisas porque eu não quero, eu não quero pensar mais nisso. Então eu mudo meu foco de pensamento, e deixo as coisas ruins para trás. O que vem depois, hoje, não me interessa.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Eu disse, viva!

Deita aqui na minha cama, e vamos conversar enquanto eu olho nos seus olhos escuros e me perco completamente neles. Deita aqui na minha cama e me abraça forte que eu quero passar o resto da minha vida assim com você. Deita aqui na minha cama e me beija, me beija devagarzinho e faz carinho em mim. Deita aqui na minha cama e deixa os nossos corpos colados. Deita aqui na minha cama e não vai embora nunca mais. Vou olhar nos seus olhos e vou tentar não pensar em um futuro. Que mania chata nós desenvolvemos de planejar um futuro, de pensar demais em um amanhã. Eu quero ver seu sorriso, quero vê-lo estampado nesse rosto, me fazendo lembrar de uma criança pura e que exala paz, tranquilidade, felicidade. É isso que você me transmite, e gosto de olhar para o seu rosto e enxergar isso. De ver nos seus lábios uma felicidade pura. Quero não pensar em um futuro. Para não temer, mais do que já temo. Você tem que viver. Eu não posso te impedir disso. Amor, eu não vou gritar, não vou enlouquecer, não vou te prender. Eu jamais tive vontade de dizer essas palavras antes e hoje, hoje eu só preciso saber que você está bem. Vive, amor. Vive que você tem muito tempo ainda e eu não posso te atrasar. Corre amor, corre. Grita, canta, canta alto todas as músicas que você adora. Pula, bebe, sorri, mija nas calças de tanto rir dos seus amigos bêbados. Vive. Vive porque eu não posso te impedir de experimentar todas as coisas que você tem direito. Vive porque eu não posso te impedir de ter história. Vive, cria experiência, vai conhecer a vida, aprende, caí, aprende, cresce, evolui. Vive amor, e sorria. Sorria porque isso enche todo mundo de esperança, de felicidade boba. Já te contei que te admiro? Que você é meu herói? Que eu me sinto completamente protegida do seu lado? Que com você, não existem problemas? Eu esqueci completamente tudo a minha volta quando você sorriu. E outras pessoas vão sentir isso também. Eu não posso impedir nada, não posso impedir que outras se apaixonem por você, e nem que você se apaixone por elas. Eu disse, viva! Ainda há tantas estradas pelas quais você deve passar, e deve passar sozinho. E diante dos seus olhos eu vou notando isso, pouco a pouco. E mesmo doendo eu quero que você viva. Que você cresça, porque você me parece muito grande e não cabe só nisso que viveu. Você precisa de mais, você é mais. E também não há em mim coragem para te impedir disso. Vive, vive inteiramente e intensamente. E depois... depois deita na minha cama e me abraça, me acalma, me ama.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

E ele, de novo.

A minha cabeça dá voltas grandes, às vezes me pergunto se sou a única que fica pensando na vida, assim de bobeira, e se sente mal. A minha insegurança me faz sentir assim. Cada vez que lembro do seu rosto me bate um medo infinito. Um frio intenso e eu me pergunto até quando verei esse sorriso. Nem me sinto parte da sua vida, era como se eu não estivesse lá, mesmo assim... quando vi seu sorriso! Lembrei de crianças, aquelas que ganham presentes somente no Natal e ficam bestificadas com toda aquela mágia. Era como você sorria. Eu quis acreditar que fazia parte dele também. Que às vezes você sorri para você mesmo ao lembrar de mim. Eu queria acreditar. Mas nós dois sabemos que não é assim. E fico me perguntando até quando você vai levar isso, até quando vai aguentar. Não sei porque mas simplesmente não acredito. Sei, sei bem que não faz muita diferença para você. Para que mentir amor? Nem é disso mesmo que quero falar, não sou o tipo de pessoa que se lamenta. Só aceito. E sorrio de ver você sorrindo. Porque é lindo e deslumbra meu mundo o jeito como você sorri. Também não sou o tipo de pessoa que repara nessas coisas, sou meio desligada às vezes, mas reparei. Reparei depois no modo como você cantava e como seus olhos ficavam. Tento sentir sempre o que é essa coisa que bate forte em você quando tudo começa. Tento sentir para poder entender a sua sensação. Eu quis fazer parte de você. Parte do seu sorriso e do seu coração acelerado. Mesmo sabendo que não pertenço à isso. Olhando você ali, sorrindo feito criança, eu vi. E você também vai ver. Gosto de lembrar disso. Desejei noite passada que você sorrisse assim por mim. Ainda lembro que ao te olhar há tempos atrás te acharia vazio. Hoje te acho tão cheio de vida. Você é tão você mesmo que me deixou com aquela invejazinha boa, sabe? Despertou em mim uma vontade de viver mais, de sorrir mais, de ter mais amigos e ser eu mesma. Eu tentei descobrir aonde eu me encaixava e toda vez descubro que não tenho encaixe nenhum. Achei ruim de inicio, depois me dei conta que na verdade, eu me encaixo a tudo. Eu acho que tenho uma mente aberta e tento compreender todos os lados de várias moedas. E veja você, meu quase completo oposto e nos demos tão bem que ainda me impressiono. Ainda acho mentira. E paro sempre, fico olhando teu nome nesse anel no meu dedo da mão direita e veja aonde paramos. Ainda é difícil acreditar. Acreditar que somos nós. Talvez eu não seja assim tão deslocada, talvez eu me encaixe em todos os lugares e ainda não o notei. Talvez, só talvez. Ainda vivo com essa duvidazinha na minha cabeça, ainda fico tentando entender de onde sai o meu jeito e quais são as minhas verdadeiras qualidades, se sou mesmo agradável ou se sou um saco. Você não é de falar muito e isso as vezes me irrita. Tinha gente que me entendia melhor, tinha gente que falava mais. Mesmo assim não são eles que me prendem muito a atenção. E quem sabe também, não te dou mais importância justamente por culpa desse seu genio tão orgulhoso quanto o meu? De qualquer maneira, lembrei do seu sorriso de novo. Quero que você chegue logo, quero que você tire o gelado do meu corpo, quero tua voz e teu cheiro em mim. Quero tardes e mais tardes só contigo, sem fazer nada, só quero tua cabeça deitada no meu peito e tua respiração tranquila, eu quero você comigo, e seus braços em mim durante a noite. É isso que eu quero, e já ficou chato repetir...

Ps: Agora estou de férias, será mais fácil postar, o tempo estava curto! ahahaha
Ps² (e mais importante): Corinthians, corinthians minha vida, corinthians minha história, corinthians meu amor! Que cresce cada dia mais e se fortalece cada dia mais! É lindo ver mais um título conquistado ;)

domingo, 21 de junho de 2009

Ei amor, dorme bem

Tempos difíceis esses em que meu corpo grita por você. Tempos difíceis demais esses em que me deparo encurralada e já nem sei o que pensar. Diz para mim se devo confiar, se devo dar mais uma chance depois de tanto. Já despenquei e você não sabe, não sabe dessas dores que ficaram marcadas, cicatrizes que ardem. Nem te interessa também, não há nada que você precise saber, a não ser o fato de que nunca senti isso. Nunca, nunca mesmo me senti tão plena. Tão segura de mim mesma. Fiquei em dúvida algumas vezes, nem sabia que coisa era essa que se fazia dentro de mim. Pequena, depois aumentou. Tempos difíceis, esses em que te desejo o tempo inteiro. Esses em que descubro você em cada passo meu, em cada palavra e em cada nota mental. Veja meu amor, se ainda consigo respirar. Se ainda me restam forças para lutar, contra tudo que você fez. Contra o amor o que você plantou. E vim tentando renegar, ser forte e encarar. Mas chegou ao limite e tenho que dizer que não há palpite. Já não cabe mais em mim todo esse amor, já não consigo passar um dia sem lembrar, que existe você. Fico tão quieta pensando em você, dormindo tão tranquilo, tão lindo. E queria tanto te fazer carinho, te dar beijinhos. Pula minha janela, aparece aqui de madrugada, entra sem que ninguém te escute e deita. Deita do meu lado e fica. Dorme tranquilo comigo, respira no meu ouvido, me deixa encantada, ainda mais apaixonada. Dorme comigo nos seus braços, me deixa deitar na sua pele quente e macia. A sua tranquilidade, se parece tanto com a minha...

sábado, 20 de junho de 2009

Adversativa

Ai me sinto tão adolescente normal e tão adolescente que vive nesses dias. Eu, que sento para escrever e amo amar. Eu que não ligo muito para muita coisa desde que ainda me restem motivos para sorrir. Eu que não quero saber muito do futuro, já que o agora está ótimo. E tenho até medo de te perder e me perder, pois talvez eu tenha então que pensar no futuro. E contigo... contigo nem preciso, fico em paz agora e já me basta. Talvez eu esteja me atirando de um penhasco e apostando tudo na carta errada de propósito. Talvez contigo eu não me importe mesmo com nada e acabe nisso. Coisa de gente jovem esse negócio de não dar importância para nada se o agora calha, basta. Ou então esse seja o certo ou completamente o errado. Já nem sei mais e como jovem, nem me importa muito. Eu quero tanto viver, só viver. Quero tanto conhecer e ter história para contar. Talvez eu viva contigo ou talvez tenha que te tirar de mim primeiro para depois criar história, criar loucuras. Mas por enquanto, você me basta. E não sei se mais para frente considerarei todo esse tempo ao teu lado tempo perdido, mas me parece muito válido até agora todo esse tempo. Há uma dúvida em mim, quem sabe estou errada e deveria mesmo levar tudo mais a sério, levar um futuro mais a sério. Mas quero tanto viver. Só viver. Coisa de jovem, querer viver intensamente. Querer ser louco e perder a noção. E vou me jogar do penhasco, porque jovem quer experimentar todas as sensações, e talvez seja isso o que eu quero. Sou tão incógnita para mim mesma, que deixo o tempo me dizer o que sou. Às vezes esse é o jeito... ou não.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Não precisa ser assim

Fui procurar o seu número de telefone esses dias e comecei a ler umas coisas antigas e me bateu uma saudade. Saudade profunda, vontade de trazer de volta aqueles tempos em que eu sorria e ria feito idiota. Saudade mesmo, senti tanta falta e percebi como parecemos estarmos mudando. Queria te dizer que não há motivos para mudar, tentei tanto me afastar mas continuo a mesma. E você não pode mudar, não pode tentar ser diferente. Eu gostava de você antes, eu quero você do jeito como era. Não precisamos mudar, agora que as coisas são mais fáceis e temos chances você não pode estragar. Não pode me deixar. Diz para mim que eu ainda sou sua pequena, que você ainda vai me segurar se eu for cair. Eu quero tanto saber disso novamente, hoje já não sinto mais que seja assim. Você não vai me deixar cair, vai? Não foi fácil para mim te arrancar de mim. Trabalhei tanto nisso, mas foi para o seu bem também. Não era isso que você queria? Parece que encontrei alguém certo para mim, e lembrei dos dias em que você dizia que eu deveria continuar procurando, que não era impossível encontrar. Mas eu quero tanto te contar minhas coisas e quero tanto que você esteja feliz por mim. E que me apoie e fique comigo. Fica. Porque não podemos rir da maneira como já rimos? Eu senti sim, muita saudade. Eu quis tanto te abraçar diversas vezes, eu não tive coragem de voltar atrás algumas vezes mas isso passou pela minha cabeça. Escuta, porque não podemos mais sermos como antes? Eu já perdi uma vez, eu não quero perder de novo. Eu quero ouvir você, quero rir com você, quero saber de você, saber como você está e como anda a sua vida. Eu ainda me importo. Eu sempre me importei. E preciso de você aqui, preciso que você entenda, eu sempre senti que você fosse como um anjo, ou como um irmão mais velho. Eu sentia que você cuidava de mim, quero continuar me sentindo assim. Quero saber, novamente, que terei você para secar minhas lágrimas se elas insistirem em cair.

ps: desculpem a demora para postar, esse semana foi difícil parar no computador. Muito obrigado por todos os comentários no post anterior, fiquei até emocionada ahahaha. Obrigada mesmo!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eu pensei em desistir

Eu quero gritar com você, quero te bater e quero chorar. Quero conseguir chorar, já que eu não me deixo. Quero quebrar as minhas barreiras e chorar. Mas não quero que você saiba. Na verdade, eu nunca deveria ter te falado nada do que eu falei e nem mostrado nada do que eu mostrei. Você acaba de fazer com que eu me arrependa profundamente de todas as coisas que lhe contei, de todos os meus sentimentos que deixei expostos para você. E eu nem sou de me arrepender, não costumo chorar pelo "leite derramado", e você fez isso comigo. E agora eu queria mesmo jogar tudo para o alto e te mandar para o inferno. E quero que você se importe. Alou, dá para se importar comigo? Obrigada. É só por alguns minutinhos, depois você pode voltar ao normal e seguir sua vida sem dar a mínima importância. E você me trás questionamentos, me pergunto se eu deveria mesmo continuar com isso tudo, continuar me controlando e tentando ser alguém ideal para você. Me pergunto se eu não deveria desistir, porque ter que ficar me controlando não é fácil, e tentar não ser chata demais e seguir uma linhazinha agradável para você. Você sabia disso? Claro que não. Você nunca vai notar que eu fico criando limites sobre as coisas e que tento medir minhas palavras para que nada de ruim saia e você não se irrite. E você liga se eu me irritar? Não te importa muito se eu fiquei irritada ou não, ou se eu me sinto mal ou não. Não te importa, eu não te importo. E então, eu penso em desistir. E jogar toda essa coisa que eu construi e você só jogou lenha na fogueira no lixo. Te deixar no passado e seguir minha vida, já me apeguei demais, já fiz estragos demais em mim mesma, e você continua intacto, enquanto eu caio em pedaços.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tempo frio

O tempo anda bonito ultimamente, o céu tão azul e as nuvens bem definidas que me lembram algodões. Apesar do sol que bate na minha janela o vento frio me faz tremer. E adoro pegar o edredon tão grande e passar a tarde todinha alimentando a minha preguiça deitada na cama de casal da minha mãe, dormindo ou assistindo qualquer coisa na televisão. E esse friozinho me faz ter tanta vontade de te trazer para debaixo do edredon e passar a tarde toda abraçada com você e me esquentando no seu corpo. E dormir a tarde toda ou a noite toda tão confortável com os seus braços envolta de mim e a sua respiração e seu nariz geladinho no meu pescoço. Sinto ainda mais sua falta nesses dias debaixo do edredon... Imagino isso da melhor forma e mais fácil possível, mas logo lembro que nem é tão simples e que continuarei aqui, com o edredon quente encima de mim, sentindo a falta de algo. Esse tempo me faz querer ficar perto do fogo e colocar as mãos próximas das chamas para que esquentem, me dá vontade de comer coisinhas quentinhas daquelas que a avó faz quando estamos nessa época. E notei em uma manhã dessas que o nascer do sol é ainda mais bonito no Outono, e fiquei com vontade de pegar um cobertor bem quentinho e ficar com você a noite inteira até que o sol nascesse e nós víssemos aquilo. Não sei porque, mas senti vontade de compartilhar essas vistas. Ai como eu quero me prender no seu corpo e ficar o dia inteiro deitada no seu peito sem fazer absolutamente nada, a não ser te fazer carinho. Nessa época fico mesmo tão carente e sinto tanta vontade de abraços apertados e do calor que vem do seu corpo e de muitos cobertores e assistir filme. Às vezes eu sinto que nem precisamos dizer muita coisa e que seu olhar me basta, que seu sorriso me basta, que seu abraço me basta. Mas quero sempre mais, te quero sempre mais e mais e mais e nem consigo me controlar. Nem sei de onde saem essas vontades, mas parecem aumentar ainda mais com esse tempo frio. E apesar de até gostar do verão, gosto tanto desse tempo! A noite já caiu - e acho que ainda direi isso por mais vezes - minha cama me espera, e queria tanto deitar e esperar o sono com você ali.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Depois eu me dei conta

Antes de dormir eu sempre acabo me perdendo em pensamentos e desde que você resolveu aparecer na minha vida esses pensamentos me soaram melosos e bregas e românticos demais. Achei estranho, mas nada demais. Até que resolvi escrever esses tais pensamentos e dou de cara com um papel cheio de ideia boba. E olhei e li de novo, e... calma aí. Isso é meu mesmo? Eu acabei de escrever isso? Desde quando eu me tornei uma garota normal e que se apaixona e ainda escreve essas coisinhas bobinhas? Juro que eu não sei. E juro também que não sei como ele conseguiu a proeza de tirar completamente o meu sossego e o pior de tudo, não devolver mais. Fazem dias e dias e dias que eu perdi o meu juízo e sabe-se lá aonde é que ele resolveu esconder. E nem sei como deixei um serzinho entrar na minha vida e mudar tudo, absolutamente tudo, de lugar. E de repente eu comecei a falar clichês românticos. E de repente eu me tornei chata e brega e... existe um orgulhozinho dentro de mim que prende todo e qualquer sentimento se manifestar demais. Você resolveu ocupar mais espaço que o meu orgulho. E existe uma consciência que pesa aqui e não me permite ser totalmente desbocada e você ocupou tanto a minha cabeça que a minha consciência não tem pesado tanto mais. Deixei de escrever sobre aqueles assuntos antigos e arranquei de mim tudo que me doesse. As forças para isso, tenho a levíssima impressão que tirei do seu sorriso. E me sinto meio mudada porque já não me importa muito o resto do mundo já que daqui uns vinte minutos eu vou te ver e você vai me abraçar e eu vou sentir seu cheiro e seus lábios vão tocar os meus. E, o que ela disse mesmo? Desculpa, eu estava pensando em algumas coisas aqui, não prestei atenção no que ela disse. Nem sei do que o filme, ou a matéria, ou a bronca se tratam já que você disse alguma coisa e eu fiquei intrigada. E as nossas diferenças e gostos opostos não valem de nada, você sorri para mim de novo e não existe problema algum. Nenhunzinho restou para ocupar minha cabeça e me poupar de pensar em você. Ai, como você me irrita. Então você decide entrar na minha vida e mudar tudo de lugar e ocupar todo o espaço e eu não posso nem te parar. Não consigo, perdi meu controle sobre você. Tentei achar qualquer música ou qualquer escritora que soubesse descrever essa coisa que você desenvolveu em mim e nada. Nada que eu diga ou eles digam vai explicar. E ai, que chatice! Agora eu sou uma louca apaixonada e que suspira e me falaram outro dia que os meus olhos brilharam e para quem não conhecia a saudade agora eu sou intima dela. Menino, olha o que você fez! Quem te deixou fazer esses estragos tão agradáveis na minha vida? Até senti vontade de te xingar outro dia porque eu não consigo pensar em mais nada e não falo de mais nada, e gritei para o mundo inteiro escutar que alguém resolveu tirar meu sossego e eu acordo bem humorada agora. Esse sim é o fim. Acordar bem humorada não, não é possível. Fiquei tão chatinha que estão me mandando calar a boca e outro dia eu ofendi alguém porque poxa, eu não parei de falar dele e como ele fez alguma coisa e ele disse aquilo e blablabla. Cala a boca vai. Não aguento mais te ouvir falando de amor e de como você está feliz! E eu confesso mesmo, e sorrir já não é mais tão difícil e ai... como fiquei patética. E eu nem tinha percebido. Não é que agora eu acho aquelas músicas do Death Cab muito deprimentes e quero escutar uma coisa mais animada? Não sei, não sei mesmo porque fizeram isso comigo. Até passei a me importar com o que ele está sentindo e será que ele está tão feliz quanto eu? Reparei depois que eu nunca tinha pensado desse jeito. Agora a sua felicidade também conta. Nem mexi com ninguém, estava tão quietinha na minha e vem uma peste roubar todo o meu tempo, todo o meu pensamento e ocupa a minha vida inteirinha. E eu, nem percebi que estavam fazendo estragos em mim. Só reparei depois. Depois que eu não vi graça em ninguém porque ele não sorri igual você, e ai, ele está falando de alguma coisa que você gosta! E vi na televisão alguma coisa que lembrava você e passei o resto do dia com você na cabeça. Depois a coisa se alastrou, voltei para casa sem falar nada, e alguma amiga minha está contando alguma coisa mas eu não consegui parar de pensar, e o dia inteiro foi passando por mim e fiquei com vontade de te encontrar. De repente ficou difícil desvencilhar nossos corpos porque eu me sinto bem nos seus braços. Sem notar muita coisa você tomou conta da minha vida e eu, eu só te peço mesmo que não me decepcione porque eu cansei, estou exausta de ser decepcionada. E ah... fica aqui, não vai embora, fiquei com uma vontadezinha maldita de te ter para sempre.

domingo, 31 de maio de 2009

Minha Inocencia e Você Inteiro

Sentei ali no sofá com meu edredon quente assistindo a noite que passava na minha varanda e lembrando de você eu acabei notando que, sem querer, você grudou em mim feito chiclete daqueles que não desgrudam nem a pau. Desculpa aí meu bem, se eu acabo caindo em um mar de perdição transbordando de desejo e carência. Desculpa aí se eu sou a favor do que é bom e por mim, seus braços seriam grudados na minha cintura para sempre. Tenho mesmo que ficar pedindo desculpas por te querer tanto e a todo o momento? Quero dizer, não é mesmo minha culpa. Aliás, é culpa é inteira e completamente sua. Que decidiu aparecer na minha vida e colocar ela de cabeça para baixo. Mas olha só, eu cobro por isso. E eu exijo colocar a tua vida de cabeça pra baixo também. Apesar de ter perdido completamente no caminho o meu poder disso. E de repente eu virei o que? Uma qualquerzinha aí e blablabla. Você só pode estar de brincadeira comigo. Eu exijo que você me ame mais do que eu te amo. Eu preciso fazer isso tudo diminuir. E ali no sofá e na minha carência infinita eu te desejei novamente. E poxa, você fica aí me quebrando em vários pedacinhos e eu fico aqui, cheia de querer te mimar. Me diz, quem é que não gosta disso? Eu trago a minha inocência inexistente e você se trás e eu me perco. Me perco completamente em você como jamais havia acontecido. Escuta aqui, não vai ficar barato, você pode continuar no seu pedestal que um dia eu te derrubo e te enlouqueço. Mas pode vir, pode vir por inteiro. Você sabe, a noite não vai ter graça sem o seu cheiro. A manhã vai ser sempre fria e sem graça sem o seu sorriso. E quer saber mais do que? Eu sou mesmo a idiota completa que faria quase tudo para te ver sorrir. Quase, porque não deixarei minhas crenças de lado. E temos tantas diferenças e poxa, elas não teem a mínima importância quando eu te vejo caminhando até mim. Continuei no sofá assistindo o céu, e... andei pensando em tantas coisas para escrever e quando chega a hora de colocar em prática elas somem da minha cabeça. Outro dia comecei a ler todas as coisas que te escrevi e me soa tanto como uma criança indefesa, que na verdade eu não sou, mas parece que preciso tanto de carinho. E argh, não sei porque essa ideia não me agrada. Ou melhor, sei sim, a simples ideia de me sentir frágil, indefesa e dependente me enoja. Não é isso que eu quero para mim. Mas já que eu sou cheia de 'mas', porque a campainha não toca logo? Seu cheiro já saiu do meu sofá, e eu só gosto do meu sofá quando você está aqui ou quando ele me lembra seu cheiro.

ps: não to em casa, não to concentrada, e nem muito inspirada. Perdão, juro que vou tentar escrever coisas melhores e mais trabalhadas! E ah, tenho estado tão feliz com o número de pessoas que visitam meu blog, obrigada galere, haha.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mamãe me disse

O quarto todo ficou embaçado, ou foi a minha vista? Os meus olhos encheram-se de lágrimas e eu nem sei de onde e nem porquê elas surgiram. O buraco foi abrindo e abrindo e abrindo e abrindo e foi ficando tudo escuro e feio. Pálido, sufocado, assustador. Eu queria mesmo ser uma célula que está no fundinho do seu coração para saber o que é isso que você diz sentir por mim. Ou ser o Edward (Twilight, para quem não sabe, o vampiro) e ler todas as coisinhas que passam na sua cabeça. Se é que passa alguma coisa! Mamãe disse coisas essa noite. Jogou e esfregou verdades na minha cara que eu não havia percebido. Mamãe disse a verdade. Contou a história de alguém que não consegue confiar nem mesmo na própria família. E veja só, é verdade. O buraco continua abrindo, e continua tudo escuro para mim. Não importa o que você diga, palavras são fáceis. Não importa muito o que você diga, ainda haverá dúvidas dentro de mim. E não vou colocar minha mão no fogo por você, porque sei, você vai me machucar e esse tal buraco vai aumentar tanto que não conseguirei enxergar absolutamente nada. Vou torcer para que meus olhos não tornem-se oceanos, pois meu orgulho fala alto demais e chorar por você seria feri-lo completamente. Ou talvez eu torça para que hajam tantas lágrimas que meu corpo fique fraco. Quem sabe toda a decepção saia do meu corpo junto com as lágrimas? Essa não é a questão. A questão é que eu não consigo. Não consigo olhar para você e enxergar verdade nos seus olhos e tenho tentado manter a minha calma para não arrancar os meus cabelos. Não sei como, nem quando, mas algo me deixou fraca. Mais insegura. Mais neurótica. Mais mulherzinha. Vem logo aqui e me abraça e me acalma e acaba com a minha saudade. Vem logo aqui e termina logo com tudo isso e deixa só os meus pedaços no chão. Faz isso de uma vez, prolongar é pior. Mamãe falou, e é verdade. Eu não consigo confiar nas pessoas. As pessoas te fazem cair, elas machucam. Elas me machucaram, já confiei tanto e já falhei tanto que não vejo mais como isso não vá acontecer com você também. Já pedi que com você seja diferente, mas continuo com as mesmas impressões. Não quero mais me machucar, as cicatrizes ainda doem como no dia em que nasceram. E não quero mais uma ardendo em mim. Você faz com que eu te ame, meu bem, mas talvez o meu medo, a minha insegurança aumentem junto com o meu amor. Tenho medo de amar demais... vem logo aqui, me abraça, sussurra no meu ouvido. Sei que se você o fizer, não sentirei medo, só depois ele aparece.

Cadê o meu cigarro, a minha cerveja, o meu namorado?

sábado, 16 de maio de 2009

Não me deixe só

Eu olho para o meu celular trinta mil vezes e peço que Deus te mande um sinal e você me ligue morrendo de medo. Mas você não liga, e eu tomo coragem e te ligo. E você já saiu. Mas já? É, ele já saiu. Saiu assim que desligou o telefone comigo, eu penso. Saiu, e me tratou daquele jeito insignificante e eu fiquei parada. Nem sei como pude ficar parada, eu estava querendo bater a cabeça dele na parede e aí eu escuto aquela voz e as pernas tremem e tudo falha. Não consigo falar. Então crio coragem de falar e ele já saiu. Não dá mais tempo e eu vou acabar a noite com ódio e depois vou passar para o estágio depressiva e me convencer que é, bom, agora estou sozinha. Tirando as mil imagens que passam na minha cabeça, e aquele aperto que me diz que ele pode estar fazendo algo errado. Eu sei, ele fez algo errado. Eu tô sentindo. E vou eu pedir a Deus que esses meus sentimentos sejam errados e que eu só esteja pensando besteira. Ele não fez nada. É, ele não fez nada. Na verdade, ele passou a noite inteira pensando que você havia feito besteira. Vai, me liga, peste. Me liga e diz que não queria que eu estivesse lá, que você queria me ver. Deixa esse seu orgulho besta e me liga. Diz que me ama porque eu não aguento esse aperto que eu continuo sentindo. E se ele ligar e continuar me tratando assim? Ele desligou o telefone e me deixou com uma coisinha que dizia no pé do meu ouvido que ele não se importa. E que saudade o que menina, ele não sente por você saudade alguma... e pensar em você é luxo, ele está com os amigos, vai rolar uma bebida e algumas meninas, e você acha mesmo que ele vai lembrar de você? É assim que eu fico. E não aguento isso. Eu preciso ouvir sua voz, e ouvir você dizendo que nada disso que passa na minha cabeça é verdade. Diz que eu tô viajando ou acaba logo com tudo isso. Para ser sincera, eu só queria mais um pouquinho de atenção, para eu achar que você me ama mesmo.

(texto lixo, fiz rápido e tal... sorry. acho que não estou com cabeça nem para escrever)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Têem dias

Tem dia que a hora não passa nem quando eu estou dormindo. Tem dia que eu olho para alguém na rua e me bate uma vontade enorme de sair correndo e te encontrar. Tem dia que eu quero arrancar tudo de você e quero que você seja louco por mim. Louco. Tem dia mesmo que eu quero alimentar meu ego e sentir que você vive por mim... e tem dia que eu quero te mostrar que quem vive por você, sou eu. A noite fica mais fria e mais longa nos dias em que a vontade que tenho de você aperta. Os cobertores não fazem diferença nenhuma porque nesses dias, só os seus braços poderiam me esquentar. E veja como eu sou totalmente piegas e breguinha e o que você faz comigo. Me acho engraçada nesses dias, não sei mesmo de onde saiu esse meu espírito carente e brega em relação a você. Eu acordei com vontade de escrever hoje, com vontade de te xingar e nunca mais olhar para você. Mas, ontem eu acordei assustada, achando que podia te perder. A gente sempre corre o risco de perder alguém e isso sempre me deixou um pouco entrigada, mas olha, eu estou arriscando e estou tentando ultrapassar o meu medo para poder ficar tranquila. Sentei na cama e agarrei os meus joelhos, deixei as lágrimas molharem as minhas pernas porque de vez em quando eu só quero chorar. Só chorar. Sem muitos porquês eu só senti um aperto gigante no meu coração e resolvi chorar. Me sentiria mais segura se sua voz estivesse no meu ouvido, ou se você só me dissesse que estava tudo bem e que eu não precisava chorar. Cuida de mim? Me abraça, vai, tem dia que acordo assustada mesmo e preciso de você. Preciso que você não deixe meu coração tão apertado e que minha vontade de chorar não venha à tona. Têem dias que eu percebo que só sua presença do meu lado na cama basta. Existem dias, e dias. Dias que eu quero te encher de tapas, e dias que poderiam ser gastos inteiramente contigo. Mas em todos os dias, eu não deixo de lembrar de ti, e de te querer.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quando a noite cair

A fotografia era em preto e branco, uma rua vazia, as flores caídas ao chão, o vento acabara de passar, nem mesmo chovera. O vento sempre vai embora e leva uma pequenina parte de mim. A minha rua sempre fica vazia quando o vento vem, e vai, e leva algo de mim. Leva você, no frio, que sai todo agasalhado logo pelo manhã. Assim que acordo e sinto cheiro de café fresco, me viro na cama e procuro você, o vento já te levou. Te levou e deixou seu beijo de bom dia no meu pescoço, te levou e deixou seu cheiro no quarto. Para que quando eu entrasse, o seu cheiro penetrasse no meu corpo e fizesse a saudade crescer dentro de mim. Sobe pelas minhas pernas um frio e uma vontade louca de te trazer de volta. Para poder tirar todo o seu agasalho e te esquentar e me esquentar somente com os nossos corpos. Mas o vento te levou, nem sei se você sente isso que eu sinto, se dói em você me dar um último beijo e sair. Aqui dentro é tudo mais quente, e a rua vazia não faz o menor sentido. Muito menos a fotografia em preto e branco. Somente quando você está aqui, porque quando o vento te leva, aí assim, faz sentido. Aí sim a fotografia em preto e branco e a rua vazia faz completo sentido. Parece que quando o vento te leva, leva muita coisa com ele. Deixa vontade, só isso ele deixa. Uma vontade louca de te ter comigo, e de deitar na cama com os lençóis brancos tão lisos e macios com você, de sentir o seu corpo tão junto do meu, como se fossemos um. A noite logo vem, a minha vontade fica maior. Então escuto as chaves na porta, os seus pés no chão de casa, o seu cheiro logo passa pela casa inteira até chegar em mim. E aí você trás de volta a cor da fotografia e trás o seu sorriso que me enche de uma tal esperança que não consigo entender. Então a minha vontade acaba e minha saudade cessa. A noite eu durmo bem, só por que tenho sua respiração no meu pescoço. Amanhã o vento te leva de novo, e mal posso esperar para que a noite caia.

sábado, 2 de maio de 2009

Tenho boas intenções!

Olha, como uma boa mulher, eu sou cheia de manias. E cheia de insegurança, como vocês podem notar claramente com os meus posts. De qualquer maneira, venho me analisando e percebendo que de vez em quando (sempre) eu sou um tanto quanto... neurótica. E vi que isso fica chato e que eu preciso, desesperadamente, levar mais as coisas com suavidade, não levar tudo tão a sério. E olha, meu amor, eu juro que não sei como você tem me aguentado porque estamos chegando no pico disso tudo e quero dizer que, você está começando (ênfase no começando) a me surpreender. E se você aguentar mais a minha chatice, eu te dou um trofeu. Caramba, você não tem vontade de me estapiar de vez em quando? Ou me mandar à merda? Vai em frente. Fala para mim que eu sou uma chata e aponta os meus bilhões de defeitos para que eu tente com mais força melhorar. E eu falo tanto com você ultimamente que não entendo como você não me mandou calar a boca ainda. É claro que quando você abre a boca para falar eu fico surpresa porque você tem me dito coisas que, não acho que você fale para todo mundo. Fico realmente surpresa e percebo que... nossa, eu jamais nos imaginei dessa maneira. Minhas intenções são boas, apesar de toda a minha chatice eu preciso tanto te fazer feliz. Eu preciso tanto te ver sorrindo. E tenho medo que você não seja feliz comigo, é, é disso que eu tenho medo. Eu preciso ver você sorrindo por que isso simplesmente vai me fazer sorrir também. Eu acho que com os seus amigos você só acaba falando mais bobagens mas quero acreditar que comigo, você é mais feliz. Então eu me desculpo por toda a minha chatice, e quero mesmo ser agradavel para que você me aguente por mais muitos e muitos meses. Você me deixou completamente indecifrável, eu mal consigo entender os meus próprios sentimentos porque eu só consigo pensar em não me apaixonar completamente por você e viver com você para sempre. Eu fico entre esses dois. Ou eu me rendo a isso e confesso e fico ainda mais chata por estar tão apaixonada ou escondo mais um pouco e fico com o meu desejozinho de viver com você. Acho que o espaço que temos é bom, porque assim você não cansa tanto de mim. Apesar de nos vermos todos os dias. Calma aí. Todos os dias? Nós nos vemos todos os dias? É, nos vemos. Caramba, e você ainda me aguenta? A verdade é que eu ando tão feliz por ter você, que quero que você esteja tão feliz quanto eu.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A fraqueza mora aqui?

Talvez seja um fato que, quando chegamos na adolescência e começamos a amadurecer, notamos que a grande parte dos nossos amigos não são para sempre, e que, a grande parte deles não dá muito importância para isso. Eu acho que vivo tentando conservar amizades e me segurar em todos esses amigos que carrego e percebo que não adianta muito, a maioria vai me decepcionar. Vai me fazer sentir sozinha. E é assim que eu vivo. Sozinha. Ou me sinto assim. Eu queria ligar para ele, porque sempre foi ele que me fez sentir melhor sobre isso e me fez rir, me fez sentir que eu não estava sozinha e o tempo está passando. Está correndo e eu me pergunto se ele ainda lembra de mim. Você sabe que eu sou assim, toda chata e cheia de insegurança, e tenho que ficar perguntando o tempo inteiro se você ainda estará comigo quando eu precisar. No fundo, eu sei, você estará lá se eu cair. Mas não sei porque preciso que fiquem me lembrando disso o tempo inteiro. Inferno! Não aguento mais essa insegurança que me consome, que me deixa tão fraca. Quando na verdade, nada disso é verdade. Nós não precisamos de muitos amigos para sermos fortes, precisamos? Só me diga que continua aqui, comigo, e que não vai me deixar cair. Diz para mim. Por que eu estou com saudades, estou morrendo de saudades de você. Queria tanto te contar minhas coisas e desabafar, você nem imagina... A questão é que, eu não posso me deixar abalar, e não posso deixar a insegurança, a fraqueza e o medo tomarem conta de mim, isso tem que ser uma fase, e eu quero que passe logo!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cartas de um amor qualquer

Olho para você tão seriamente, não sabendo de onde saiu todo esse meu espírito sério. Você ri de mim e eu acho lindo seu sorriso, nunca o havia notado antes. Você, de repente, ficou ainda mais bonito de perto. E eu nem reparava. Incrível, você passava, me abraçava, eu já gostava do seu cheiro, ia embora e eu não reparava. Até a sua ausência demorava para que eu reparasse. Eu queria que você me dissesse que passou o verão inteiro pensando em mim naquela cidade onde o tal do Judas perdeu as botas mas eu sei que você nem lembrou. Só quando me reencontrou e eu percebi que, nossa, até que eu estava com uma saudadezinha! Hoje prefiro ficar calada, quase ninguém nota o incrível medo que sinto de me apegar à alguém. E eu quase não escondo. São poucos aqueles que enxergam por traz das nossas máscaras cotidianas. E nem é de propósito. Nesses meios venho descobrindo que sinto vontade de te escrever e mostrar como me dou bem com as palavras, ou como gosto delas. Até quero escrever algo para você e como minha risada é mais gostosa acompanhada da sua e como eu gostaria que você fosse diferente de todos os homens e implorar, de novo, que não me decepcionem porque eu já não quero mais isso. Apesar do costume, eu quero tanto que você me surpreenda. Faz diferente, vai, você não vive lendo e idealizando aquelas pessoas que fizeram história e que para você são heróis? Pois bem, faça história na minha vida também. Por que eu estava simplesmente cansada daquela seriedade com a qual eu estava vivendo e me divirto muito mais com as suas risadas e suas bobeiras! Eu quero te falar que você tem me feito bem e apesar de não ocupar minha cabeça vinte quatro horas por dia eu gosto desse jeito. Eu não tenho me sentido pressionada e nem com obrigações e tem sido bom. Não que preocupações não batam a minha porta por que elas batem sempre. E quase me acostumo com elas porque é esse o meu jeito, eu coloco problemas aonde eles insistem em não existir. Mas eu os procuro. Exceto quando você caminha até mim e, putz, sorri de novo. E ma faz rir de novo e as preocupações todas vão embora e eu simplesmente não consigo pensar em mais nada. Você apagou tudo da minha cabeça. E é a primeira vez que eu não consigo mesmo prestar atenção no que os outros falam porque eu me perdi lembrando que você tinha dito alguma coisa importante. Não consigo prestar atenção em praticamente nada sem lembrar de você. Eu não imagino o que você esteja fazendo, e isso sai do meu normal. Eu gosto tanto desse jeito, quando não me sinto tão inteiramente e somente sua. Porque no fundo eu continuo livre para mim mesma, e tenho o meu espaço ainda, e isso me deixa até mais calma. Assim eu me sinto mais poderosa sobre você, mas é só que... você não sabe como eu quero que você faça história na minha vida! Jamais imaginaria isso, e até achei que você não tivesse tanta capacidade mas eu já não quero que você fique longe, eu simplesmente quero continuar rindo com você. Como eu já disse, a minha risada soa mais gostosa quando acompanhada da sua.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Das velhas linhas

Tudo virou passado, quase nem tanto tempo assim e já são linhas velhas e papéis surrados, desgastados. Só não tenho coragem de jogar no lixo, as palavras parecem ser tão velhas que estranho, nem faz tanto tempo assim. Parece tão distante, você se tornou um mundo onde eu não vivi, quase uma utopia. Sonho. Você nunca existiu, foi tudo sonho. Grande, longo, delicioso e horroroso sonho. Lá estava você um dia e no outro, quem é você? Eu tenho apagado minhas memórias propositalmente, talvez, ainda assim... as letras e linhas velhas continuam minhas e fazem completo sentido. Leio, releio, fico pensando e caramba, novamente eu acho que sou patética e horrível e chata e que todos os meus pápeis rabiscados são lixos que eu guardo na gaveta me achando muito escritora, achando que sou too cool e nada disso, tadinha, está achando que é alguma coisa e putz, você não é nada, garota! Acorda. E é incrível como estamos todos em confusões com nós mesmos ou sou só eu? Fico tentando me encaixar e me achar e quanto mais tento menos acho e menos me encaixo. Acho que sou fora do padrão, fora do padrão de moda e fora do padrão musical que vocês estão acostumados. Só mais uma adolescente louca que tenta se achar em algum lugar e encontrar um canto para sentar e tentar se apaixonar de novo e de novo e de novo. E aí... me acho patética novamente, por achar que vida sem amor não é vida e não há razão certa para pensar se não for para pensar em alguém. Não tenho medo de ficar sozinha, mas acho tão mais divertido ter alguém. Então leio minhas velhas linhas e lembro de tudo aquilo, parece tão velho, mas nem faz tanto tempo...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aonde vai dar essa dor?

Acordei assustada. Senti calor, respiração corria. Quis te ligar, te contar que eu andei sonhando coisas ruins e que eu estou com medo. Eu vivo com medo e você riria desse meu defeito. Você vai dizer que eu sou boba? Que eu não preciso ter medo? Eu estou com tanta saudade das suas palavras, da maneira como você falava comigo e como me acalmava. Torna as coisas fáceis de novo para mim. Eu estou sentindo sua falta. Eu sei que não posso, não posso voltar atrás com você. Tudo que passamos, eu não consigo lembrar. Não posso lembrar, vai doer demais. Mas eu quero ouvir sua voz quase todos os segundos do dia. Me acalma. Diz que não importa o que aconteça, você vai estar ali. Me dá a mão e não me deixa cair. Tira todas essas coisas ruins da minha cabeça, limpa minha alma e me faz dormir tranquila novamente. Estou tão cansada... tão cansada desses pesadelos que tornam minhas noites mais escuras. Me acalma, ri de mim. A sua mania de rir de mim tornava as coisas até mais fáceis. Trás tranquilidade para minha vida, você sempre soube como fazer isso. Aonde nós vamos parar? Eu quero arranjar um jeito de saber quando é que iremos poder acabar com tudo isso. Você está aguentando bem? Está doendo em você também? Eu fico hesitando em cair, eu quero tirar de mim essa maldita insegurança e eu sei, eu sei que se você me fizer rir, toda a dor, a angustia e a insegurança vão embora, e eu vou ficar em paz. Eu precisando de você... tenho precisado de você aqui, comigo.

"Eu me esforço para ser, mas você nem vai saber. Meu passado, eu sei, preferi guardar a dor só pra mim, por não ser tudo aquilo que você sonhou. Aqui dentro mora o frio, mas o sol vai trazer tudo o que eu preciso pra viver. Onde vai dar essa dor? Essa chuva que insiste em me ferir. Essa dor, essa luta que leva ao que resta pra longe de mim..."

sábado, 4 de abril de 2009

Romance de cinema

Eu vou descer do avião e encontrar a minha família. contando os minutos para ligar meu celular e ver se ele me mandou alguma mensagem ou me ligou, quero saber saber se ele está preocupado, tá querendo saber se eu já cheguei e se cheguei bem. Em um romance de cinema, eu desceria do avião e lá estaria ele, com um buquê de flores lindo e com um sorriso de matar. Me abraçaria tão forte a ponto de me esmagar e choramingaria na minha orelha que eu faço mais falta do que ele mesmo imaginou que faria. E o perfume dele estaria subindo pelo meu nariz e me deixando com vontade de arrancar a roupa dele e fazer amor assim que parássemos no carro. E ele me faria mil surpresas que confirmariam a falta que eu fiz. Mas aí eu ligo o celular e vejo que ele não mandou mensagem alguma e não ligou. E encontro minha família e ele... nada. Não apareceu por lá. É sábado a noite, ele ficou trabalhando. Eu fiquei esperando para que ele aparecesse e confirmasse se poderíamos ou não poderíamos nos ver. Em um romance de cinema, ao ver que eu sumi, ele viria até minha casa e diria que não conseguiu nem discar o meu número, ele precisava me ver. E precisava me abraçar. E passaria o resto da noite deitado no meu sofá brincando de me morder e me deixando ainda mais louca. Em romances de cinema, há sempre uma maneira de ele vir correndo me dar mais um beijo. Eu quero um romance de cinema. Eu quero não ter complicações para te ver, quero que o seu celular nunca esteja desligado e que você me atenda sempre. Que você pense em mim todos os minutos do dia e me deseje vinte quatro horas, sempre. Em romances de cinema a gente não vê o que não quer vê, não acha foto comprometedora e não fica sabendo de outras afim dele. Eu quero um romance de cinema, apesar de saber que se fosse assim, sem nenhuma complicação, até ficaria meio sem graça.

domingo, 29 de março de 2009

Ei, olha por mim?

Deixa eu segurar seu rosto entre as minhas mãos e olhar nos seus olhos cor de mel como eu nunca olhei antes e te fazer algumas perguntas. Eu quero te estapiar por ter me machucado assim e mesmo desta maneira eu não te odeio. Me diz, como posso eu não te odiar. Eu tenho me segurado tanto ultimamente para não desabafar e colocar tudo isso para fora, mas não dá. Não dá porque eu sou uma idiota e tenho que conviver com isso. Mas é que nós acabamos tão inacabados, com meias palavras e sem um adeus que eu fiquei incompleta. Eu realmente não vou voltar atrás na minha decisão, e decidi mesmo continuar com o meu ponto final na nossa situação, mas não deixo de lembrar de ti. Quase todos os dias eu penso nisso e me pergunto quando é que você vai sair completamente da minha vida. Olha nos meus olhos e me xinga, vai. Diz o que você sente mas não se cale, eu quero ouvir tudo. Eu procuro nossas risadas pelos cantos da minha casa e olha, eu quero saber se você ainda se importa comigo. Me fala, você ainda quer saber se eu estou bem? Ainda vem aqui e lê o que eu escrevo e sente minha falta? De vez em quando, você não tem vontade de vir desabafar ou falar qualquer bosta para mim? Não é possível. Não é possível que eu tenha errado tanto assim. Eu precisava fazer alguma coisa. Eu te odeio, e me contradigo o tempo inteiro sobre você, mas mesmo assim... eu quero tanto saber se você está bem. Diz que você olha por mim, e que ainda se preocupa, que também quer saber se eu tô bem.

sábado, 28 de março de 2009

Não sei...

Já não sei de tanta coisa, não sei porque continuo tentando achar problemas ou tentando entender tudo, quando eu deveria só deixar acontecer, sem mais e nem menos. Não sei porque eu continuo me analisando e continuo me preocupando e continuo lembrando. Não sei. Não sei porque só eu tive que passar por cima do meu orgulho e você não, não sei porque eu sou tão insegura e preciso tanto ter alguém que goste de mim. Não sei porque eu me tornei isso. Eu não sei aonde foi parar a garota que eu costumava ser, que não precisava de ninguém. Eu não sei porque você me deixou tão fraca e tão vulnerável. Mas eu sou assim só, porque acompanhada de bons sorrisos ainda me restam forças. Ainda vou recuperar a minha mania de não ligar para os outros e me segurar sozinha. Recuperar aquela coisa de não sofrer por ninguém. Não sei nem se perdi mesmo. Acho que só escondi. Tô tentando recuperar a minha vida antes de você, porque também não sei de onde tiramos esse hábito de esquecer como era a vida antes de algumas pessoas. E não sei porque eu só não gosto do cara e ponto final e paro de criar motivos para ficar intrigada e só deixo rolar. Eu não sei porque mas eu acho que a coisa está ficando séria e eu acho que isso não é saudável, ai que coisa chata. Como é chato ser preocupada. É isso que me resume, preocupação. Eu tô sempre tão preocupada. Mas olha, eu quero lembrar do seu sorriso agora e do seu jeito despojado e sentir uma pontinha de vontade de te ver, apesar de já ter te visto demais só essa semana. E eu sou tão medrosa e tenho tanto medo de me machucar. E não sei porque eu sempre me sinto assim, não sei...

quarta-feira, 25 de março de 2009

O que eles querem ?!

Aparência é importante, claro que é, normalmente você precisa olhar com quem anda de mãos dadas e achar o tal, no mínimo, bonitinho. Nem que só você ache ele bonito! Mas para eles... para eles, parece que, não basta ser bonitinha. A gente tem mesmo é que representar. É fazer ele se achar quando está com você, e fazer com que ele não pare de falar para os amigos o quão gostosa a "mina dele" é. E não, não se prenda a isso. Nós, mulheres, não somos somente bundão e peitão. Nós não somos só corpo. Não é só o nosso corpo que presta, nem só a maneira como você beija ou o jeito como você enlouquece um homem na cama. Não é só isso. De que vale uma mulher maravilhosa, linda de morrer, que vai deixar o cara todo metido andando na rua com ela, se ela não tiver absolutamente nada na cabeça? Se ela não tiver opinião, e se não souber falar de história ou de política? Então ele fica lá, desfilando com a "mina", contando para todos os amigos dele o que tem feito com ela, e toda aquela putaria que normalmente homens falam mais desbocadamente que mulheres, e ela tá lá, se olhando no espelho e pensando como é que ela vai deixar ele mais bonito. Enquanto aquela outra que ele ficava de vez em quando tem lido livros e pesquisado e se matado de estudar, e tá aumentando o nível de conhecimento dela. Queria mesmo saber se ele consegue conversar com a tal da mina dele... Queria mesmo saber se eles conversam de verdade, seriamente. É, porque, às vezes a gente conversa sério. Apesar de todas as brincadeiras, e os beijos, e horas deitados na cama, alguém fala sério, não fala? E dá para conversar sério com o tipo de mulher gostosa mas que é extremamente fútil? Agora eu fico aqui, tentando te mostrar que eu não sou só corpo, mas que eu tenho cabeça também, e esses homens ainda mais fúteis se negam a ver que temos algo que vai além de corpo, se negam a ver que temos valores. Sonhos, desejos, inteligências. Eles nem querem saber, eles querem mesmo é desfilar com o seu corpinho na rua e foda-se o que você está falando, eles não estão prestando muita atenção. E você fica gastando a sua saliva com esse babaca que não quer saber de ecologia porque ele joga coisa na rua mesmo e todo esse matinho só serve para ele mijar quando estiver apertado e não tiver um banheiro para ele usar, ou para ele vomitar quando chapou com os amigos ainda mais babacas. E eu, como uma mulher que me considero útil, não vou perder meu tempo com alguém que só vê o que está do lado de fora, e não o que realmente importa, que é o que deixamos escondidinho dentro de nós. Só vale a pena mostrar o que escondemos, só vale a pena mostrar os nossos valores, para quem se interessa por isso. O resto, a gente joga no lixo, eles não servem mais nem para passar o tempo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Escuta aqui!

Eu estava quietinha, no meu cantinho, e você decidi aparecer. Vem cheio de charminho para cima de mim, e eu ali, quietinha. Finjo até que gosto muito de você, que tô louquinha para sentir seus lábios nos meus lábios e você acredita. Eu volto para casa rindo porque nem cheguei perto de estar louca por você. E vivo pagando essa maldita língua. Ô maldição! É praga né? Quem é que está querendo me ver na foça? Mas não, não me deixo abalar. Que isso, você acha que eu vou ficar na foça? Vou nada, benhê! Continuo voltando para casa rindo porque eu ainda não sinto tanto quanto você parece sentir. Só que aí... é praga né? Começo a voltar para casa mais sonhadora. Não vou rindo, vou sorrindo feito tonta. Ai não, faz pouco tempo, tem muita coisa pela frente. Não vou ficar muito em cima tá? Eu sou tão escandalosa de vez em quando mas dessa vez eu vou ficar na minha. Você ali, e eu aqui, e quando der na telha você vem aqui, me esquenta, me abraça. Não vou fazer muita pressão em cima de você, tô tentando rapaz! Eu não volto mais para casa rindo de você. Sabe o que é isso, menino? Ai não fala. Nem fala, vai. Não é possível. Tô só de curtição, imagina. Mas é o seguinte, eu tô tentando não te pressionar, tô deixando um espaço grande para você respirar, e conciliar sua vida de vagabundo mais uma bobinha aí com quem você está enrolado. Pensa que eu sou boba, vai, pensa que você tá com tudo, conta para os seus amigos que eu tô apaixonada por você, vai... Não vai me deixar surpresa. Queria tanto encontrar por aí um alguém diferente. Não conta para os seus amigos não, fica inseguro, diz que queria que eu gostasse de você, fica com ciúmes de mim e me deseja a todo o tempo da sua vida! Vai para o trabalho pensando em mim? Faz isso poxa. E eu fico aqui, me olho no espelho e repito: tem muita coisa pela frente, não tome conclusões precipitadas. Não é possível que você seja bobo igual a eles, mostra para mim que você não é assim! Me surpreende pô! Escuta bem, presta atenção, eu não quero me apaixonar, não agora, vamos só continuar assim, mas oh... vê se não faz as coisas erradas ein!

quarta-feira, 18 de março de 2009

No copy

Até há alguns anos atrás eu odiava que me copiassem, chegava a reclamar (ou desabafar?) com a minha mãe dizendo que não aguentava mais aquele pessoal "paga-pau" que vivia copiando minhas coisas. E ela sempre dizia: Elas só acham legal o modo como você se veste. São pouquissimas as pessoas que simplesmente imaginam um visual, ou um penteado de cabelo, ou um acessório. Nós estamos o tempo inteiro pegando ideias de várias pessoas e usando-as. Todos nós fazemos isso, é como desenvolvemos o nosso estilo. É como descobrimos do que gostamos, olhando e notando nossos gostos. Claro que copiar o tempo inteiro não é ter estilo, muito menos personalidade. E nem devemos copiar o tempo inteiro, acaba ficando chato copiar a ideia de todo mundo all the time. O que fazemos, pelo menos a maioria das pessoas que não chamamos de "paga-pau" é usar um pouquinho da ideia de alguém. Olhar um modelo e monta-lo em seu corpo da maneira como você vá se sentir bem. Nisso, a gente acaba juntando a ideia de várias pessoas e criando algo para nós mesmos. Depois de um certo tempo, a gente até começa a arriscar e misturar várias coisas!

domingo, 15 de março de 2009

Eu continuo tentando

Até hoje de manhã eu não sabia o que pensar, ainda nem sei qual é o meu estado. Acho que estou bem, acho que consigo sorrir, acho que consigo conversar, acho que posso superar. Eu queria entender, só entender, o que diabos estamos fazendo, aonde queremos chegar. Não, quero saber aonde você quer chegar. Acho que a questão não sou eu, mas como essa minha mania, eu quero te desvendar. É assim com todo mundo e comigo também, fico o tempo todo tentando entender o que há dentro de mim. Talvez esse seja o problema, talvez eu deva parar de decifrar e analisar o sentimento dos outros e até mesmo os meus. Mas eu cheguei no ponto final, cheguei no The End de um filme ou desenho animado. E fico perguntando por que você tinha que aparecer, por que tudo isso tinha que acontecer. O que eu fiz de errado? O problema fui eu? O tempo tempo, a errada fui eu? Pisei no lugar errado? Mas eu tô bem, eu vou ficar bem, eu vou superar. Sei que é até melhor assim, eu ficava me negando a dar final nisso tudo. Não, não posso ficar sem, não posso e nem consigo colocar um fim. Consigo sim, pelo menos dessa vez eu estou tentando. Eu tô sempre tentando, eu tô sempre tentando resolver, reverter, acabar ou até começar. Como eu já disse, a maior parte foi como nada. Fiquei tentando e tentando e tentando, e nada dava resultado. Dessa vez vai dar? Eu quero seguir em frente, eu quero lembrar como eu vivia quando você não existia. Eu vou continuar vivendo com dúvidas, mas eu me acostumei. Fico sempre me perguntando o que eu fiz de errado para todo mundo e sempre fico sem respostas. Eu vou seguir em frente, eu não quero voltar atrás na minha decisão. Você vai pensar "é melhor assim", eu sei, acho que conheço o jeito como você pensa. Mas só acho, porque ainda tem coisa sobre você que eu não desvendei. Desisti também, chega. E sabe... você ficou na minha memória como todos os outros caras. Não sei quando foi que você decidiu agir estupidamente assim, e parece que tudo que veio de você foi mentira. Foi mesmo mentira? O que era verdade? Cadê o carinho e a preocupação? Cadê tudo o que a gente construiu? Você escondeu. Escondeu até mesmo de você. Então continua aí escondendo, continua aí com a sua vida. Eu vou tentar viver a minha, esconder tudo que um dia eu pensei - ou senti - por você, de mim mesma. Se para você deu certo, por que não dará comigo? Queria saber se vai ser para sempre assim. Ou se daqui uns anos eu vou te encontrar na rua e você vai passar reto por mim ou vai lembrar de todas as nossas conversas. E putz, eu vou ficar sem graça porque eu compartilhei segredos contigo que jamais compartilharia com alguém. Sei que vou só rir da situação. Eu, sinceramente, não queria acabar com a sensação de que você foi só mais um, mais um que passou da minha vida, que me fez rir e foi embora. Você tinha prometido, você vai estar comigo quando eu for para a faculdade? Eu vou sentir falta de te contar da minha vida, vou sentir falta de ir correndo te contar que algo bom aconteceu. Mas você parece querer que seja assim, que acabe assim. E não vou mais procurar. Acabei com magoas, fui dormir chateada. Há tempos não ia dormir assim. Eu aguento, aguento sempre. Tenho força e vou passar por cima disso, mas vou lembrar de você como lembro de todos os outros. Você quis assim, você fez assim. Espero que haja outros como você, que me entendam como você entendeu um dia, também espero que no fim, eles também não sejam como todos os outros.

sexta-feira, 13 de março de 2009

it's your problem

Eu vejo suas fotos e fico sabendo dos seus rolos e das suas felicidades e das suas tristezas e fico com vontade de te trazer de volta. É isso aí, eu fico com vontade de te trazer de volta e fazer parte da sua vida novamente. Ou tentar, eu sei que nunca fiz realmente parte de você. Gastei tanto tempo tentando fazer e ter uma pequenina partezinha de você, mas você nunca me deu espaço algum. E fiquei igual à uma boba apaixonada atrás de você, coisa que nunca acontece, e você vivendo tudo como se nada tivesse mudado. Hoje você abre a boca e eu me lembro porque foi que eu desisti. Você solta uma palavra e eu lembro porque eu não quero mais. De vez em quando - agora, mais raramente - eu tenho vontade de voltar atrás. Lembro de tudo, mas então você abre a boca e eu não quero. Desisto. E vai ser assim, você vai sempre abrir a sua maldita boca e acabar com toda a minha vontade de voltar atrás, de passar por cima do meu orgulho e me mexer. Você sempre vai estragar tudo, e nunca vai perceber isso. E nem sei como você não enxergou ainda que é você. É você que estraga tudo e coloca tudo a perder. Às vezes eu quero cuspir na sua cara e dizer o quão ridículo você é, mas sempre guardo para mim. Eu queria brigar com você, e te encher de tapas e falar tudo o que eu sempre quis falar. Sei que no ato, tudo vai embora e eu nem falo nada. Mas eu queria. Queria esfregar na sua cara que o problema todo é só você, e que basta você abrir a sua boca para eu desistir de tudo e esquecer de tudo.

(eu não sei se já postei esse texto aqui, er)

terça-feira, 10 de março de 2009

hide-and-seek

Ele esconde, não conta para ninguém, é provável que nem o melhor amigo saiba. Culpa da consciência, ele teme que pese. Nem temos nada, mas escondemos. Considero como um amor proibido. A gente esconde mesmo quando tem medo, quando pode machucar alguém. Eu também não quero machucar, prefiro ficar quietinha. Temos que acabar com isso, esse negócio de esconder cansa. Tenho mesmo vontade de assumir, mas alguém pode ficar emburrado, pode magoar. Continuamos escondendo então, até quando der, quando aguentarmos. Nem dá prazer esconder, mas têm coisas que precisamos, até por privacidade, pelos menos por um tempo. É por isso que escondem. Medo, às vezes por privacidade, traição até. Tem sempre um porquê. Esconde até amigo, só porque alguém pode ficar enciumado com isso. Ciúmes e traição devem ser as maiores causas para esconder alguém. Mesmo precisando esconder, isso cansa, chega em um ponto final. Não vai mais valer a pena esconder. Nós temos mesmo é que assumir, sem medo, dar a cara a tapa. Hoje eu não temo, prefiro assumir. E é melhor, viver sem medo que alguém descubra ou se preocupar escondendo.

domingo, 8 de março de 2009

Chega disso

Eu estou cansada. Quase exausta, de toda essa vida que eu levo. Esse negócio de seguir por aí lembrando de você, sem saber se você também lembra de mim. Eu quero saber se tudo o que eu sinto é recíproco. Eu não amo ninguém sem ser amada também. Não quero perder meu tempo amando quem não me ama. Eu não gosto de esconder, eu assumo o que eu sinto e quero que você assuma também. Me conta, ou então diz logo que não sente nada por mim, porque aí, eu coloco de vez na minha cabeça que vou te esquecer. E esqueço. Eu não sou de ladainhas. Quando é para esquecer, eu esqueço mesmo. É só você dizer. Não vou te perturbar, não. Não sou disso. Se você me disser que não quer nada comigo, então eu vou agir como alguém madura o bastante para aceitar e partir para outra. Não faz assim comigo, não diz que é difícil, não tenta complicar. Coloca sua cabeça no lugar, para de aceitar a sua situação e faz alguma coisa. Se mexe. Fala para mim que não me quer. Vê se para de colocar coisas no seu caminho, faz alguma coisa, resolve tudo isso. Eu não quero mais assim, eu quero que essa coisa toda evolua ou acabe de vez. Eu deixo bem claro o que eu sinto, e você diz claramente o que quer. Eu estou decidida. Eu quero você. Com todos os defeitos e as qualidades, as manias, as neuroses. Tudo. Agora me diz... o que VOCÊ quer?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

bate aqui de madrugada

Estava pensando aqui comigo, pensando em te levar embora, em te fazer uma proposta, em te roubar, sequestrar, te trancar em algum lugar aonde ninguém possa te achar e nem te levar embora. Estava pensando aqui comigo, em te enlouquecer, te experimentar, te fazer rir (ou ao menos tentar). Estava pensando aqui em sair de casa e te tirar de casa, em pegar o carro da minha mãe e passar na sua casa e te levar para bem longe daqui, mesmo eu nem tendo idade para isso ainda (mas isso a gente desconsidera por enquanto). Estava pensando aqui comigo, em te levar para outro planeta. E penso tanto em como fazer para ter um pedacinho de você. Ou só poder te ter por alguns minutos, só para sentir um pouquinho essa coisa que eu imagino quase sempre. E se eu te levar embora, te levar para onde nem eu sei, ninguém poderia nos achar. Se você quisesse, eu te trazia de volta depois de alguns dias e você me dizia aonde queria ficar, se queria ser levado embora de novo. Eu tô pensando em ir embora mesmo até se for sozinha. Eu tô querendo olhar de novo um céu azul com algodões branquinhos que soam mesmo como um paraíso. Eu tô querendo mergulhar em águas claras e ficar exposta ao sol, ou assistir a chuva. Mas eu te levo comigo. Se você deixar, eu te levo comigo. Vai saber também se você não quer... se você prefere ficar aqui. Mas eu estou te fazendo uma proposta. Eu estou querendo ir embora e você pode vir comigo. Eu quero continuar imaginando coisas românticas por que eu sou assim, cheia de romantismo e cheia de sonhosinhos e cheia de breguisses. E quero te mostrar tudo isso, por que eu posso me mostrar um tanto quanto sem sentimentos de vez em quando mas eu também tenho um lado menininha meiga! Confesso que não é sempre que gosto de revelar esse lado, mas teem horas que veem a calhar. Então eu continuo aqui pensando comigo em te levar embora, e em como eu gostaria de me jogar nos seus braços... mas só fico pensando, e às vezes até lamentando por não poder mesmo te levar embora e nem ir embora.

Momento diário: queria contar que entrei para o Tudo de Blog (da Capricho) de 2009 e estou muitissimo feliz, obrigada! hahaha Nunca pensei que chegaria aqui, postando sempre em blog por que eu sempre me envergonhei bastante do que escrevia, não tinha cara de mostrar para ninguém, e agora vou participar do tudo de blog, praticamente sai pulando ontem quando vi meu nome e o url do blog no site da Capricho. HAHAHA

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

longe do meu domínio

Vai, me belisca, me xinga, grita para mim que eu sou burra mesmo e que toda essa coisa de amor não existe. Que eu não sou nem um pouco madura e que amor é coisa para fracos, que eu não sei nada da vida e que tenho que continuar aprendendo com esses casos tanto faz e essas ficadas de vez em quando, e esses caras e esses beijos sem compromissos, blablabla. Grita. Enfia isso tudo na minha cabeça. Diz que eu preciso aprender, e que meu orgulho tem que vir sim na frente. No final eu vou perceber que nada disso entra na minha cabeça. Nem mesmo aos gritos. E se eu gritar para você? Se eu gritar que não adianta você negar, se eu gritar que eu quero saber qual é a verdade, se você sente ou não, se você ri como eu rio, se você pensa como eu penso, se você sente essa mesma vontade, esse mesmo desejo. E se eu gritar que não adianta, talvez o destino tenha te colocado no meu caminho de algum jeito? Vem cá, você acha que é tudo uma coincidência? Que foi por um acaso? Acaso nada, é destino. Eu quero mesmo gritar e fazer tudo entrar na sua cabeça: não adianta, eu quero tudo que envolva você. Todas as suas manias, e as suas crises, tudo. Vai dizer que você também não quer? Que você nem sente vontade de se entregar para mim e dar fim nessa coisa toda? Eu não vou te machucar, então para quê fugir? Me diz para que fugir de tudo isso. Eu fico aqui, querendo me envolver com outros caras e não consigo. Desisti. Não dá, simplesmente não dá. Eu posso me fazer de apaixonada mas nenhum deles me faz rir assim, como você faz. E jogo tudo para o alto, passo por cima do meu orgulho. Não vou mentir. Penso mesmo, penso em você. Não o dia inteiro, mas pelo menos quando eu vou dormir eu lembro de você. Tenho saudade de vez em quando, naqueles dias em que não nos encontramos. Faz falta. Sei que faz falta para você também. E para quê negar? Você não consegue, eu não consigo. A gente tenta, mas não dá. Você tenta ficar longe e não consegue e eu agradeço. Ele voltou, não conseguiu, ainda bem! No final do dia, você não acha que seria válido me abraçar? Todos os finais de dia, eu acho que o seu sono seria mais tranquilo se você me abraçasse. Assim como o meu. Depois de todo o stress do meu dia, no final, com o seu cheiro, as coisas ficariam mais tranquilas. Não perde seu tempo tentando negar, não, vem aqui e deixa bem claro quais são as suas vontades. Eu quero ouvir. E queria estar acostumada com o meu celular tocando e mostrando que é você ligando. Ou com o seu dedo na minha campainha e sua mão na minha cintura. E com o seu cheiro nas minhas roupas. Sei que você quer ouvir as minhas vontades também. Cansei de negar, de tentar parar, e você deveria fazer o mesmo. Desistir dessa negação. Me diz então, e se eu tocar gentilmente o seu rosto e confessar tudo para os seus olhos? Fala para mim, fala do que você tem vontade.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

don't make it wrong

Eu quero te dizer uma coisa... você fica aí, achando que me conhece muito bem, mesmo eu sabendo que ainda tenho mil e uma coisas para te mostrar sobre mim, e quero te dizer uma coisa. Eu preciso te dizer. Ele senta no meu sofá e eu fico andando de um lado para o outro, e coloco a mão no cabelo, e tiro a mão do cabelo, e ando, e penso e... não faça nada de errado. É o que eu quero dizer. Assim, não me decepciona. Você pode fazer mil coisas e achar que está partindo meu coração em mil pedacinhos mas eu só te peço uma única coisa: não me decepcione. Não me deixa te mandar embora te odiando, eu prefiro te mandar embora com um sorrisinho simpático e logo depois a gente segue em frente. Se você me decepcionar, todo o meu conceito sobre você vai direto para o lixo. Se for para te dizer adeus, eu quero fazer isso sem te odiar. Então, tudo o que eu quero, e creio que não seja lá muito difícil, é que você não me decepcione. E não faça com que eu não queira mais olhar na sua cara, muito menos ouvir sua voz. Se você o fizer, para onde irão nossas risadas? Eu posso continuar rindo com você depois de te dizer adeus, podemos fazer isso. Mas não me decepciona. Não faça com que tudo que penso sobre você e seu caráter seja em vão. Eu não quero estar errada. Você pode se mostrar melhor do que todos pensam, pode deixar uma visão de imprestável para trás. Eu tenho que estar certa. Isso é o que eu quero dizer há um tempo. Eu imagino que você não queira me decepcionar e então não o faça. E isso é tudo. Então eu paro de andar de um lado para o outro, olho para ele, e sei... não é difícil entender.


obs: feriado de carnaval, ficou meio lixo esse texto, mas ok... é só para não deixar desatualizado mesmo! bom carnaval para vocês, xoxo

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

where is my pillow?

Abraço o travesseiro todos os dias para dormir. Desenvolvi esse hábito depois que te conheci, talvez seja uma maneira mais concreta de te imaginar ali, ao meu lado, debaixo do meu cobertor. Imagino seus braços quase sempre, eu resistia mais. Sempre pude mais. E ainda posso. Eu sinto algo um pouco mais forte do que estou acostumada, mas ainda posso resistir. Ou acredito nisso. Eu quero impor. Eu quero fazer com você o que eu sempre fiz. Eu quero ser mais forte do que você pensa, eu realmente não sou fraca. E abraçando o travesseiro eu desejo quase sempre que seus braços, um dia, estejam em volta do meu corpo. E que seu cheiro penetre no meu cobertor para que quando você vá embora, eu continue sentindo seu cheiro, e nessas horas, eu sei que sentirei saudade. E vou sentir vontade de te ter na minha cama novamente. Ainda assim, eu resisto. E jogo o travesseiro de lado. Talvez seja melhor não sentir essa vontade. Por Deus! Não quero mais. Não quero. Quero me apaixonar por alguém, quero conhecer alguém que te afaste da minha cabeça. Devo ter algum problema, digo e repito essas coisas à mim mesma, mas ainda assim, sei que não quero - realmente - te tirar da minha cabeça. Por que, eu resisto mas não nego. Eu quero você. Simples assim, eu quero. E não importa quanto tempo passar, eu creio que um dia, eu vou te ter. E o seu cheiro vai mesmo estar na minha cama, e sei que quando eu acordar e seus lábios tocarem os meus, você vai ver que deveria ter feito isso antes. E não posso deixar de dizer que quero ouvir você sussurrando no meu ouvido, e sentir suas mãos na minha cintura, e olhar seus olhos bem de perto, e admirar tudo o que você tem. Mas enquanto isso, cadê meu travesseiro?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

pequenos prazeres

De lamber a colher de brigadeiro, enfiar a mão bem fundo em um saco de grão, lamber os dedos quando sujos de chocolate ou ver a Paulista durante a noite. Em casa eu percebo coisas e penso coisas que durante o dia, fora, eu não lembro, não reparo. O carro se distancia das paisagens de sempre, e aí sim, percebo a diferença. É um dos pequenos prazeres que me acompanham, paisagens. E meus olhos percorrem o rio, a praia, o céu, e me encho de uma tal emoçãozinha tão gostosa que nem sei como posso chama-la! Assim como a gargalhada da minha irmã que enche meu pulmão e me enche de esperança. Fico até nostálgica. Como é bom rir de seja lá o que for até doer a barriga! Fico cheia desses pequenos prazeres que me vêem durante os dias e parecem me mostrar sentidos nas coisas. Simples, noto que nem preciso de muito para estar totalmente viva. O cheiro da árvore, abraço apertado, sorriso. Tão pequenos e tão prazerosos. Nem vejo graça naqueles prazeres de sempre, esses tais pequenos prazeres soam tão mais gostosos! Roupas novas não me fazem querer sorrir. Mas o vento quando bate no meu rosto e o céu com nuvens feito algodão, me deixam tão exastasida... então deito minha cabeça e descanso minhas pernas no fim do dia, vendo que um dos pequenos prazeres até me faz dormir mais tranquila.

ps: faz tempo que eu vejo que as coisas simples, na maioria das vezes, têem um significado maior.
E ah, fica uma dica de filme: O Fabuloso Destino De Amelie Poulain (é demais!)