domingo, 27 de setembro de 2009

Profundamente e Intensamente

Eu não me sinto no lugar certo, eu me sinto com a pessoa certa, mas não no lugar certo. Nós precisamos de ar, de vento, de mar, de céu estrelado, de paz. Por que não temos um carro? Eu quero que você me tire daqui, eu quero os vidros abertos e o vento no nosso rosto. Eu quero seus dedos suaves na minha pele novamente. Eu quero o som alto, muito alto. Eu quero sentir a música, a paz, ele. Noite pura e serena, nós não precisamos de muito, precisamos? O mundo já não me importa mais, e o dia não deveria terminar nunca, a noite não deveria terminar nunca. A luz do sol iluminando o teu rosto é tranquila, mas o luar, as estrelas, a brisa que a noite nos traz, te deixa tranquilo, e fica suave. Não existe nada, nunca existiu. Não penso, não me preocupo, não existe relógio, não existe fim. Assopra vento, assopra o meu rosto. Trás consigo mais uma onda de paz, mais dessa positividade. A energia nunca é ruim assim, eu consigo sorrir só de sentir o vento tocar meu rosto, e o seu rosto, e me mostrar ainda mais como você é lindo, e como meus dedos desejam tocar seu rosto, seguir as curvas. Eu sinto. Profundamente e intensamente. Minha mente esvazia, o vento sopra para dentro de mim a sensação de que esse é o lugar certo, a hora certa e o alguém certo. Eu deixei escapar, o vento tirou de mim: "Eu não imaginei que fosse te amar tanto assim". Não existe mais lugar certo se não quando o luar está sobre mim, ou sobre nós. Quando só existe as estrelas, o vento, a paz, a música. Eu sinto. Profundamente e intensamente. Eu te sinto, eu me sinto. Toca meu ombro nu com teus dedos, de novo e de novo. O silêncio nunca me pareceu tão bom quando seus lábios suaves estão tocando os meus. Eu quero mais. Muito mais. Muito mais de nós. Muito mais do sossego. Sossego. Vento. Paz. Você, amor, só você. Eu sorri, eu me sinto leve. Eu sinto, e eu quero continuar sentindo. Vamos, amor, me leva embora. Me leva embora, precisamos - desesperadamente - sumir.

sábado, 12 de setembro de 2009

Vem cá

Fim de tarde, e eu aqui sozinha. Minha casa fica em silêncio, e meus pensamentos correm para você. Normalmente quando meu estômago embrulha e penso em coisas ruins, costumo assoprar essas coisas para fora da minha mente e a ocupo com você. É difícil passar tanto tempo ocupando-a para não pensar somente em você, e então, quando coisas ruins me vêem, minha única saída é você. E tento pensar com tanta força para conseguir tira-los realmente de mim. Dá certo. E eu gosto, não há razões para não pensar nessas horas, só mais motivos para continuar. E deito na grama verde e que penica levemente as minhas costas para olhar o céu limpo e azul, mas eu queria o sol iluminando o seu rosto ao meu lado, para que eu pudesse passar meus dedos sobre sua face e absorver cada pedaço do seu rosto. Sentir essas vontadezinhas se tornou comum para mim. Mas agora lá fora chove e eu quero ficar quietinha ouvindo a chuva, ou algum daqueles sons que certamente me lembrarão você. Não devem haver muitas coisas que eu faça sem pensar nele. Escuto a chuva mas, ele bem poderia estar aqui comigo. E eu não precisaria de tantos cobertores já que normalmente sua pele é quente. E eu afundaria meu rosto naquele pescoço só para sentir ainda mais o cheiro que o corpo dele tem, e é só dele. Ninguém poderia ter o mesmo cheiro, não seria tão bom. Me pergunto se é normal sentir vontade de um alguém por todos os minutos do dia. Se é normal esperar que alguém chegue quando a noite cai, exausto do trabalho, jogando roupas e sapatos pelo chão da sala e corra me encher de beijos por estar com saudade mesmo tendo me visto pela manhã. Assim confesso, diz isso, diz. Diz que sentiu saudades. Diz que o tempo passou arrastado, diz! Ai, diz também que não via a hora de chegar em casa, de sentir meu cheiro. Diz que noite não é noite sem a minha presença e seu sono não é tranquilo sem que eu esteja ao seu lado. Vai, fala. Eu quero escutar. Deixa a nossa casa empreguinada com o seu perfume ao sair do banho, enrolado na toalha e vem me beijar gentilmente. Mas vem logo depois do banho para o seu corpo ainda estar quente por causa da água e um pouco molhado. E já te falei que você fica lindo com o cabelo molhado, não falei? E já te falei como é bom sentir o seu corpo e não as suas roupas? Lá se foram horas pensando em como descrevê-lo, de novo e de novo e de novo. E mais alguns (muitos) minutos que passei tentando compreender e sempre desisti. Os esforços que fiz e todas as vezes que eu insisti em dizer não foram para o lixo. Ele. Ai o que ele tem de tão diferente de todos os outros? Meu corpo nunca consegue parar com você. E se você me olhar assim, ah, vem cá, vem e fica por uma eternidade comigo.

Seis ♥