terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mudei para: http://constantlychangeable.tumblr.com/

Os textos agora estarão lá!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É assim, não é?

Mundo, diz para mim o que eu tenho que fazer. Vida, não cobra tanto assim de mim. Não me dá nas mãos responsabilidades ainda. Eu não estou preparada assim, estou? Espera mais um pouco aí poxa, não é assim, é? Eu sei vida, eu sei que eu pedi várias vezes. Que tolinha né? Achando que cair no mundo ia ser fácil. Eu já passei aquela barreira mais pesada, mais trabalhosa, mas agora vem mais responsabilidade. Dá um tempinho para pensar, cinco minutos é pouco, vida. Quanta decisão, quanta coisa para notar, para criticar. Quanta coisa para melhorar. Eu quero, vida. Quero sim. Mas deixa eu me planejar. Ou é assim que se aprende? Tem que cair e tem que levantar, e pensar leva muito tempo. A gente quer muita coisa, não quer, vida? A gente quer tudo tão rápido, e na verdade, quer tudo tão mastigado, tudo facin. Sem muito trabalho, dor de cabeça. E o que eu posso fazer? Seria mesmo melhor se as coisas viessem na minha mão e o destino se mostrasse o tempo todo, resolvesse minhas dúvidas e meus dilemas. Mas tem hora que a gente tem que dar a cara a tapa, errar e acertar. É tudo tão incerto e a gente se diverte nos erros também. De vez em quando tem tristeza, mas eu não quero isso aqui não. Eu vou ter que errar, né, vida? Eu vou ter que sofrer um pouquinho né? Eu vou ter que pensar muito e tentar resolver e perder algumas horas de sono e eu não quero não, vida... para quê? Para aprender né? Eu sei, tá vendo vida? Eu sei o porquê. Mas eu não quero não. Logo logo vem alguma coisa, me tira um pouquinho o sossego e eu tenho que me mexer e fazer alguma coisa. Acho que ando meio indecisa ultimamente, não acha, vida? Eu sei que as pedras no caminho vão aparecer, até entendo o porquê, mas querer eu não quero. E ninguém quer. Mas tem que erguer as mangas e fazer uma forcinha para ajeitar, e melhorar. O trabalho te dá preguiça, te faz querer deixar tudo como está. E mesmo assim, nós teremos que mudar. Querendo ou não, a hora chega e a vida pede, a gente pede e tem que trocar tudo de lugar!

domingo, 19 de junho de 2011

Joguei as Idéias

E me desculpa se eu venho aqui para falar de mim sempre e não consigo falar sobre os problemas do resto do país. É que normalmente eu passo mais tempo pensando nos meus problemas do que nos do vizinho. Eu juro que tento parar um pouco e deixar de ser como o resto do mundo, tão egocentrica e preocupada com o meu umbigo sujo. É muito mais fácil para mim ter dores de cabeça com os meus problemas futéis do que ficar pensando no que fazer para que o resto do mundo dê certo. Que podre, eu sei. Eu mesma sei que não sou a melhor das críticas e nem a melhor para falar sobre o sofrimento do meu país e os problemas do resto do mundo e fazer alguma coisa para resolve-los. Mas é que também, todo esse nosso jeito rápido e prático não vai ajudar em muita coisa. Eu queria ser mais inteligente mas o que a gente aprende na escola não me parece o suficiente. Eu queria ser inteligente em relação a todo esse problema que nós vivemos em relação ao mundo inteiro. E como nós fodemos nossas próprias vidas com toda essa tecnologia e só reparamos na natureza quando vamos viajar para o interior ou para a praia e reclamamos na volta porque não queríamos acabar com aquele momento quando a gente acaba com ele todos os dias quando passamos mais de cinco minutos no banho e gastamos agua para cacete e usamos ar condicionado, e dirigimos e não reciclamos e eu sei, eu também não faço isso e passo mais de cinco minutos no banho e nossa, que hipocresia. Eu sei, eu tento não ser essa hipocrita mas é tudo mais fácil hoje em dia e a gente pensa: porque acabar com isso? Porque eu vou lavar louça e enfiar a mão naquela sujeira toda se eu posso simplesmente enfiar na maquina de lavar-louça? Fala sério, eu odeio lavar louça e sei que essa praticidade toda não é boa mas a máquina de lavar-louça é simplesmente maravilhosa. Não sou só eu, somos todos nós que somos hipocritas e queremos tantas vezes viver de um jeito simples mas não conseguimos nos desfazer dessa tecnologia fácil e prática e que eu posso olhar meu facebook a cada cinco minutos e eu não vou gastar minha saliva e falar com a pessoa do meu lado quando eu posso simplesmente mandar uma mensagem no mural dela. Eu sinceramente queria deixar essa hipocresia para trás e ser mais aquilo que eu quero ser, deixar essa parafernalia e ser feliz com pouca coisa, sobreviver de pequenos gestos e não precisar do meu computador ou da televisão, e a criançada quer brincar no video game e não lá fora e eu dava tudo para que minha rua fosse menos movimentada e eu pudesse ficar brincando o dia inteiro. Mas vai, fala a verdade, um livro na rede é muito melhor do que estar 24 horas por dia conectada ao mundo inteiro. Mas a gente não consegue, consegue?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Invísivel Aos Olhos

Depois de anos de vivencia e anos de evolução, ainda nos deparamos com antigas questões, esteriótipos e generalizações preconceituosas. Ainda nos julgamos, e não só julgamos aqueles que não conhecemos, como julgamos também nossos próprios parceiros. Por algum motivo nós ainda nos importamos com a opinião do vizinho e criamos uma personalidade pela maneira como nos vestimos. Ou vai me dizer que você não sabe, ou pensa que não sabe, sobre uma pessoa a partir da maneira como a tal se veste? Ou vai dizer que alguns dos seus amigos não se preocupam em andar somente com pessoas bonitas fisicamente e que perante a sua "tribo" se vestem bem?
Depois de fingir que realmente lutamos contra o preconceito racial e a liberdade sexual ainda existem outros milhares de pré-conceitos jogados pelas ruas de nossas cidades. Vai do garoto bombado ao magrelo tatuado. Da menina que anda de skate a que não sai do shopping. Não são só os burgueses, mas também os "favelados". Vai da Igreja até as escolas e casas alheias.
Nós, seres humanos, somos completamente diferentes e de uma maneira social, completamente iguais. É aquela antiga liçãozinha de que não se julga um livro pela capa e que não se faz para o próximo aquilo que não se quer para si mesmo. Levam-se anos para aprender, mas vale a pena continuar tentando. Cor, raça, religão, tatugem, piercings, rico, pobre, bem vestido ou não, não importa como as pessoas olham o seu corpo, a sua verdade está por dentro. E isso não se pode ser julgado.

domingo, 15 de maio de 2011

Banalidade e realidade?

Eu caminhei na manhã fria agarrada aos meus agasalhos, minhas mãos estavam tão contraídas que eu não senti os meus dedos quando os relaxei. Todos os dias nós fazemos a mesma coisa e buscamos algo que nem nós mesmos sabemos. Talvez seja uma família, talvez seja estabilidade financeira, talvez seja simplesmente porque o mundo nos olha e diz que temos que crescer nessa tal de vida. E a gente se preocupa tanto, às vezes perde o sono pensando que tem que crescer, quando o subconsciente queria mesmo partir para terra do nunca e viver como Peter Pan. Sem responsabilidades, sem preocupações, só viver. Mas a gente tem que se preocupar em arranjar emprego, se dar bem na faculdade e virar gente grande já virou uma chatice. Não sei quando as coisas viraram tão complicadas e tudo ficou tão sem graça, tão adulto. Não sei quando as pessoas resolveram serem tão repugnantes, frias e individualista. Porque parece que o mundo é sobre isso e como eu faço as coisas do jeito que eu quero e que se foda o resto do universo. Então eu vou jogar lixo na rua mesmo porque o lixeiro precisa de alguma coisa para fazer e se tiver enchente não é a minha casa que vai ficar alagada. As preocupações mudaram. O meu umbigo sujo é muito mais importante do que as pessoas passando fome. Aliás, eu não quero comer o resto da minha comida e minha mãe me enche o saco porque eu jogo no lixo e ela diz que tem gente passando fome. E aí é claro que é chato ser adulto e é claro que as pessoas continuam nojentas. E aí é claro que muita gente continua estúpida e a gente continua vendo foto de africanos esqueleticos. Porque tem muita gente preocupada demais em mostrar para os outros o que tem e do que vive. Quando não importa quem você é, mas importa como você abre os braços para abraçar o mundo.

domingo, 1 de maio de 2011

- Por favor, nem pense em abrir a boca.

Eu olhei com olhos de quem não queria estar olhando absolutamente nada. Eu olhei como quem gostaria de fechar os olhos e como um toque mágico eu desapareceria. Eu queria estar em um daqueles momentos em que o Harry, Hermine e Ron se transportam para outro local. Eu simplesmente não queria estar ali. O que é mesmo que viemos fazer aqui? Será que eu mencionei que não quero nada muito pesado? Acho que não cheguei a comentar que carregar algo desse tipo não faz meu estilo. Eu simplesmente não gostaria de saber. Meu estomago deu uma revirada, e eu me senti tão embarassada. Tão sem graça. É que eu senti que isso é muito para alguém que não quer responsabilidade nenhuma em relação a outra pessoa. As responsabilidades adquiridas até agora já me são suficientes, não estou precisando de mais nada, se é que me entende. Eu só quero silêncio, eu só quero a minha risada descontraída e espontânea como alguém que não tem que se preocupar com nada. Minhas mãos pararam no ar, os meus dedos estão um pouco retraidos, os meus olhos estavam fechados e eu mordia o meu lábio. O que diabos eu deveria falar numa hora dessas? Eu não quero pensar, eu não quero saber. Eu preciso tanto de alguém que me olhe e brinque comigo. E me faça rir, e não queira mais nada além disso. Que queira conversar comigo, porque eu vou entender. E queira contar a piada para mim porque sabe que eu vou rir tanto, e depois vou dizer "que bosta de piada é essa?". E só. Só a risada e só esse sentimento puro e sem peso e sem preocupação e sem responsabilidade.

- Eu gosto da nossa amizade. Gosto dela assim e só assim.

domingo, 10 de abril de 2011

Ame a sua raíz

Eu também quero entender. Eu também quero sacar qual é a desse povo que insiste em falar mal do seu próprio país. Eu quero sacar porquê brasileiro precisa tanto achar que os outros países são melhores do que o Brasil. Eu quero entender porque o quintal do vizinho é sempre mais bonito e mais verde e mais iluminado do que o meu quintal. Na verdade, o quintal do vizinho não é nada demais. As minhas rosas, violetas e girassois são muito mais bonitos. E eu rego o meu jardim com tanto amor que eu posso ler nas petalas das flores o quão agrecidas elas são. Olha só, o vizinho não é melhor. O jeito como eu olho hoje para o meu jardim é que é melhor. Eu não me dedico porque eu quero o meu jardim mais bonito. Eu me dedico porque eu tenho vontade, e tenho a capacidade de enxergar a beleza do que tenho. Porque parece que brasileiro insiste em olhar para os outros? Nessa vida que eu tô levando eu fui obrigada a enxergar o que eu já achava que deveria enxergar, o que eu já achava que deveria fazer. Abre os olhos. Olha bem para o que possui, olha através da janela do teu quarto e eu tenho certeza que você acha alguma coisa que te deixa tão inspirado, tão encantado. Existem coisas que eu só vou achar na minha casa. Nenhuma cama é mais gostosa do que a minha cama. Nenhuma sala é mais confortavel do que a minha sala. E o quadro da praia azul e cheia de luz do meu corredor me trás uma paz incomparavel. E a minha casa da praia é tão tranquila, tão serena que eu não poderia achar uma como aquela em nenhum lugar do mundo. E não tem nenhum lugar mais bonito que a paulista a noite, iluminada. E nem pessoas sorridentes e amigáveis. Não, você não vai achar lugar melhor do que a sua casa. Não vai achar lugar melhor do que a sua raíz. É verdade, com todos os defeitos e coisas ruins que podemos achar no nosso país, não existe lugar que me encante mais. E não vou sentir tanta paz quanto senti olhando o fim de tarde na praia de Angra. Não tenho vergonha do meu povo, não tenho vergonha do meu jeito e das minhas gírias. Não tenho vergonha de onde eu vim, do bairro que moro e do shopping pequeno que eu frequentava. Não vou julgar o meu povo, é assim que vivemos, é o único lugar que abrange todos as culturas e cores. E apesar de ainda acharmos vestígios de preconceitos, nós sabemos que não o queremos. E precisamos parar de sermos preconceituosos com a nossa própria cultura, que é de longe a mais bonita, a mais pura e que muda de um lugar para outro, mas não deixa de mostrar a humildade e a beleza em cada cantinho. Porque até do morro e até da escassez de algumas regiões podemos encontrar pessoas que não deixam o lugar que vivem. Precisamos deixar para trás esse esteriotipo mesquinho que estamos acostumados e aprendermos a amar e olhar o nosso país com olhos de orgulho. Cuidar do lugar de onde você veio, não estragar, não sujar, para manter ele sempre vivo, sempre bonito e transforma-lo em um lugar ainda melhor. Abraçar todas as culturas não é para qualquer um, só o Brasilzão tem o potencial de ser assim, tão lindo e tão mutavel, tão grande e de braços abertos.