domingo, 19 de junho de 2011

Joguei as Idéias

E me desculpa se eu venho aqui para falar de mim sempre e não consigo falar sobre os problemas do resto do país. É que normalmente eu passo mais tempo pensando nos meus problemas do que nos do vizinho. Eu juro que tento parar um pouco e deixar de ser como o resto do mundo, tão egocentrica e preocupada com o meu umbigo sujo. É muito mais fácil para mim ter dores de cabeça com os meus problemas futéis do que ficar pensando no que fazer para que o resto do mundo dê certo. Que podre, eu sei. Eu mesma sei que não sou a melhor das críticas e nem a melhor para falar sobre o sofrimento do meu país e os problemas do resto do mundo e fazer alguma coisa para resolve-los. Mas é que também, todo esse nosso jeito rápido e prático não vai ajudar em muita coisa. Eu queria ser mais inteligente mas o que a gente aprende na escola não me parece o suficiente. Eu queria ser inteligente em relação a todo esse problema que nós vivemos em relação ao mundo inteiro. E como nós fodemos nossas próprias vidas com toda essa tecnologia e só reparamos na natureza quando vamos viajar para o interior ou para a praia e reclamamos na volta porque não queríamos acabar com aquele momento quando a gente acaba com ele todos os dias quando passamos mais de cinco minutos no banho e gastamos agua para cacete e usamos ar condicionado, e dirigimos e não reciclamos e eu sei, eu também não faço isso e passo mais de cinco minutos no banho e nossa, que hipocresia. Eu sei, eu tento não ser essa hipocrita mas é tudo mais fácil hoje em dia e a gente pensa: porque acabar com isso? Porque eu vou lavar louça e enfiar a mão naquela sujeira toda se eu posso simplesmente enfiar na maquina de lavar-louça? Fala sério, eu odeio lavar louça e sei que essa praticidade toda não é boa mas a máquina de lavar-louça é simplesmente maravilhosa. Não sou só eu, somos todos nós que somos hipocritas e queremos tantas vezes viver de um jeito simples mas não conseguimos nos desfazer dessa tecnologia fácil e prática e que eu posso olhar meu facebook a cada cinco minutos e eu não vou gastar minha saliva e falar com a pessoa do meu lado quando eu posso simplesmente mandar uma mensagem no mural dela. Eu sinceramente queria deixar essa hipocresia para trás e ser mais aquilo que eu quero ser, deixar essa parafernalia e ser feliz com pouca coisa, sobreviver de pequenos gestos e não precisar do meu computador ou da televisão, e a criançada quer brincar no video game e não lá fora e eu dava tudo para que minha rua fosse menos movimentada e eu pudesse ficar brincando o dia inteiro. Mas vai, fala a verdade, um livro na rede é muito melhor do que estar 24 horas por dia conectada ao mundo inteiro. Mas a gente não consegue, consegue?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Invísivel Aos Olhos

Depois de anos de vivencia e anos de evolução, ainda nos deparamos com antigas questões, esteriótipos e generalizações preconceituosas. Ainda nos julgamos, e não só julgamos aqueles que não conhecemos, como julgamos também nossos próprios parceiros. Por algum motivo nós ainda nos importamos com a opinião do vizinho e criamos uma personalidade pela maneira como nos vestimos. Ou vai me dizer que você não sabe, ou pensa que não sabe, sobre uma pessoa a partir da maneira como a tal se veste? Ou vai dizer que alguns dos seus amigos não se preocupam em andar somente com pessoas bonitas fisicamente e que perante a sua "tribo" se vestem bem?
Depois de fingir que realmente lutamos contra o preconceito racial e a liberdade sexual ainda existem outros milhares de pré-conceitos jogados pelas ruas de nossas cidades. Vai do garoto bombado ao magrelo tatuado. Da menina que anda de skate a que não sai do shopping. Não são só os burgueses, mas também os "favelados". Vai da Igreja até as escolas e casas alheias.
Nós, seres humanos, somos completamente diferentes e de uma maneira social, completamente iguais. É aquela antiga liçãozinha de que não se julga um livro pela capa e que não se faz para o próximo aquilo que não se quer para si mesmo. Levam-se anos para aprender, mas vale a pena continuar tentando. Cor, raça, religão, tatugem, piercings, rico, pobre, bem vestido ou não, não importa como as pessoas olham o seu corpo, a sua verdade está por dentro. E isso não se pode ser julgado.