segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pausa

Céu limpo, azul bonito amplo lá em cima. Eu sempre fico muito tempo pensando sobre o nada. E gosto mesmo quando me encho de nada e fico em paz. Não existem preocupações e o mundo inteiro não importa nenhum um pouco quando o vento joga o meu cabelo para trás e tem todo aquele azul logo ali em cima. Se você silenciar por alguns momentos, não deixe de notar o barulho do mar. Não deixe de fechar os olhos quando a brisa que vem do mar tocar seu rosto. Não deixe também, de deitar abaixo das estrelas e assistir elas brilharem. Eu sei, eu sei que pode parecer muito chato e muito sonolento. Mas experimente mesmo assim. Sente o cheiro quando a chuva cai? Tem um cheirinho diferente, especialmente quando são chuvas de verão. O asfalto da cidade sufoca. Quem te disse que eu quero continuar aqui? Céu azul e toda aquela movimentação chata. Sol fervilha mais ainda na cidade grande. Eu não tenho paz aqui. Não tem vento gostoso que bate suave contra o seu corpo largado aqui. Eu poderia fugir um pouquinho, não poderia? Sentimentozinho cretino sempre vem me perturbar nessa época. Nem vejo a hora daquele finalzinho de ano chegar. Sei que demora, mas passo o ano inteiro esperando essa época. Tem gente por aí que gosta mesmo do movimento mas eu quero sossego. Só um pouquinho. E ficar cansada de não fazer nada. E decorar os traços do céu azul. Ou dormir na rede enquanto o sol vai embora e a lua junto das estrelas deixam iluminada a cidade escura. Faz silêncio. Escuta o som do mar, só um pouquinho. Você consegue sentir a tranquilidade que eu sinto? Eu não costumo compartilhar com muita gente. Eu nunca encontrei alguém que sentisse a mesma vontade de sossego que eu. Sempre silencio, são as minhas vontades e eu não sei porque não consigo dizer em alto e bom som. Me acostumei tanto a silenciar. Então, assiste o sol indo embora - que para mim é bem melhor que assistir as lojas se fechando e todos aqueles carros enfileirados. E o som da tranquilidade não se compara as buzinas do inferno que nós vivemos durante o ano inteiro.

Quero viajar ):
E juro que respondo os comentários assim que possível!

sábado, 22 de agosto de 2009

Como eu faço para sair de um inferno?

Olhinhos inchados. Nariz vermelho. Prende a respiração, prende. Não abre a boca, tenta falar pouco. Vamos ver algo bem tosco na Internet só para soltar uma risadinha sem graça. Não adiantou. Abri a boca para tentar dizer alguma coisa e tudo desabou. Sempre assim. Prender a respiração não adiantou. As lágrimas continuavam escorrendo e eu me achando muito tonta. Para menina, para. Aí eu parava, lembrava, e voltava tudo. Para dizer a verdade, não me parece ser lá grande coisa. Mas vi que essa não era a última gota de um copo cheio, era muito água rolando para transbordar cada hora mais esse copo. Sufoquei. Cadê mesmo os motivos pelos quais eu ainda sorria? Perdi? Eu não sei aonde foram parar todas as pessoas, estava tudo tão vazio. Tão silencioso. Eu só escutava o meu próprio choro estúpido e tosco. E eu odeio chorar. Me sinto tão fraquinha e eu odeio ser fraquinha. Eu quero mesmo é encher a mão na cara de algumas pessoas e deixar, bem bonitinho, os meus dedinhos em suas bochechas. Pode? Ah vai, diz que podeeee! Cansei, cansei mesmo de toda essa gente cretina. Fala para mim o que tanto eu faço de errado? Por que, pelo visto, eu sou a pior pessoa do mundo e eu quero enxergar aonde está isso. Aonde eu sou assim? Me mostra porque ninguém pode ser sincero comigo e porque tem sempre que ser tão idiota. Me mostra, me explica. Me fala porque eu perdi tanto todo esse tempo. E eu não consigo enxergar o porquê e eu não aguento mais perder. Me dá paz. Alguém me tira daqui que eu não consigo mais respirar! Me afasta desse povinho nojento, dessa vida tão chata. Me leva embora, me mostra a calma que eu sei que conheço. Tira o peso das minhas costas que eu já não aguento... e vou caindo e curvando. E todo mundo só olha e não se mexe. Vocês são todos tão estátuas, tão peças de um tabuleiro velho, desgastado e sujo. Peças velhas, eu quero jogar vocês fora.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cala essa boca, que isso é coisa pouca perto do que passei

Li em algum texto por aqui da Maira Viana em que dizia que "as pessoas me fazem desistir", e quando li e mostrei para uma amiga ela achou muito triste, muito deprê. Então eu olhei bem, li mais algumas vezes e é incrível como pode parecer triste mas como é, incontrolavelmente, verdade. As pessoas nos fazem mesmo desistir. As pessoas teem a incrível mania de querer a infelicidade dos outros. E eu não sei porque ninguém consegue simplesmente aceitar que outra pessoa está feliz. Ah, como assim ela está sorrindo? Não, ela tem que chorar. Não gosto dela sorrindo. Gente desocupada. Abre a sua cabeça e coloca alguma coisa decente aí, por favor? Não aguento mais esse povinho medíocre e sem um tiquinho de coisa interessante na cabeça. Os assuntos são sempre os mesmos, as manias são sempre as mesmas. A inveja. Sempre a mesma. O jeito como essa gente age, o jeito nojento e injusto. Eu não consigo entender porquê eles não podem cuidar de suas vidas. Me diz, que graça eles vêem na vida dos outros? Me diz, porque é que eles odeiam ver alguém sossegado? Desisti de entender. Só ainda não desisti de tudo. E digo mais, as pessoas não vão me fazer desistir. Esse povinho nojento e sem caráter não vai mais me colocar lá em baixo e pisar em mim. Não quero mais. Tem tanta gente por aí se deixando pisar, porque em mim? Porque em nós? Nem vejo assim tanta graça na minha vida... Não há nada demais nela. Fico aqui, com os meus probleminhas normais, tentando resolver tudo e querendo sorrir o tempo inteiro, buscando o meu conforto. E veem as pessoas, preocupadas demais com a vida dos outros, querendo nos fazer desistir. E não, eu não quero mais. Não aguento mais. Não preciso de ninguém, até onde eu sei. Já consegui uma vez, voltei a sorrir, precisa mesmo me tirar isso novamente? Não, não precisa não. Eu não vou deixar. Eu não vou deixar mais pessoas tentando me fazer desistir.

O que os outros pensam nós jogamos fora!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

By my side

Não adianta. Não funciona procurar palavras antigas. Não funciona escutar mil músicas. Não com você. Faz tempo que esqueci como se escreve, faz tempo que não perco minha paciência, faz tempo que tenho uma paz diferente. De uns tempos para cá o nervosismo passa quando eu olho para você. Patético. Não sei quando resolvi deixar para trás o meu modo de agir antigo e começar tudo de novo. Não sei quando decidi jogar tudo em cima de você, grudar na sua testa, gritar para quem quiser ouvir que não, não existem olhos para ninguém mais. Eu perdi meu rumo. Cansei de repetir isso, cansei das minhas próprias palavras. Faz tempo que eu vou dormir e sinto falta dos seus braços. Cadê seu cheiro no meu lençol, no meu travesseiro? Essa não é a minha cama. Está tudo fora do lugar. Faz tempo que eu sinto falta de alguma coisa logo que a noite cai, logo que o sol aparece e não há ninguém para grudar os lábios suaves nos meus e me dar bom dia. Todo mundo já cansou de ouvir, ouvir sobre você. Eu não sei o que aconteceu. E tenho vontade de me bater, de me beliscar cada vez que toco no seu nome porque sei que não vou parar. Espero os seus atos, um movimento qualquer seu. Eu esqueci como era sem você. Esqueci do que eu falava. Já que hoje, decididamente, você é um dos assuntos principais. Não era assim, não era. Não sei quando decidi deixar tudo para trás. Esqueci, apaguei, tudo o que passou. Seja lá o que você fez comigo, minha tranquilidade é constante. Não sei como isso foi acontecer. Não comigo. A calma, essa calma eu não conhecia. Esse sorriso, eu também não conhecia. O conforto, desconhecido. Seja lá quem te deu permissão para agir desta maneira, fez a coisa certa. Mas agora acho que me acostumei, e vou querer essa tranquilidade constante para sempre. Faz isso, fica comigo, deita do meu lado, aquiete-se. O seu lugar, agora, é comigo.



Queridinhas observações: Gente, ando completamente perdida. Esqueço sempre que tenho isso daqui. Me falta muita cabeça para criar textos ultimamente, mas é que ando tanto no mundo da lua e tão tranquila que nem sei mais do que falar, sempre acabo me achando repetitiva e piegas. Estou tentando mudar o rumo desses textos, logo espero mudar um pouco. Os comentários estão respondidos, finalmente, eu ando com uma preguiça do nada que é incrível. Férias prolongadas e eu só sei ficar deitada. Mas, eu vou criar vergonha na cara e deixar a preguiça de lado.

sábado, 8 de agosto de 2009

Dois

Se eu disser que não tentei, seria mentira. Que não tentei fingir que éramos mais um casal qualquer. Seria mentira se eu dissesse que não tentei esquecer. Tentei. Mais de uma vez. Desisti, ou pensei em desistir. Não consegui, falhei todas as vezes. Voltei atrás, bastava te olhar, e putz, qual era a decisão que eu havia tomado? Não existia mais. E tenho medo. Medo de dizer e de fazer coisas erradas. Coisas que jamais saíram da minha boca antes. Eu tentei, várias vezes, desfazer todo o estrago que você fez. Apagar qualquer mísero de sentimento que brotasse dentro de mim. Eu só achei que apagava. O sentimento continuava ali. E eu nem sabia. Então eu vi, vi que só crescia e eu não tinha como parar. O medo dobrou. Claro, como eu poderia deixar tudo acontecer e crescer e não ficar com medo? Escureceu, eu já não sei por onde andar há tempos, que caminho seguir... Eu me perdi. Me perdi em mim e em você e não achei o caminho de volta. E nem quis também, quando acordei, tentei procura-lo mas você vinha, sorria e eu me perdia de novo. Ainda me resta medo, eu continuo andando sem saber para onde. Mas eu sinto seus braços em volta de mim e parece que você é a melhor pessoa do mundo e eu não posso me enganar, não posso me machucar e me decepcionar. Não pode ser possível que irei errar com todas as pessoas. Não pode acontecer com você. Como eu vou fazer para voltar depois? Se já ando no escuro há tempos e já me perdi tantas vezes... Fala para mim, como eu vou achar o caminho de volta? Como eu vou olhar para as coisas e para mim mesma sem te enxergar? Quando você está aqui, pouco me importa o escuro e os caminhos, mas quando vai embora... Aí sim eu lembro, lembro que posso cair e posso criar novas cicatrizes. Não vai embora, fica comigo. Não aja como todos já agiram, não me deixa cair. Eu escolhi juntar nossos caminhos, mas tem de valer a pena. Eu não quero jogar o tempo, as minhas verdades, no lixo. Quero que sejam justas, quero te dar o meu destino, sem me arrepender.

"Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver a mão"