sábado, 4 de dezembro de 2010

Para um fim

Mais um passo e estamos fora. Mais um passo e acabou. Passamos tanto tempo esperando esse dia. E agora faltam poucos centímetros. Mas agora, alguma coisa mudou. Pensando nisso, eu senti um pequeno nó na garganta. Nós não esperamos por simples férias, depois daqui, não tem mais nada. Chega de acordar para um primeiro dia de aula. A maior parte de nossas experiências foram vivenciadas dentro de salas de aula ou simplesmente dentro da escola. E cada um de nós tem algo para contar, cada um de nós tem memórias boas e lembranças que os façam rir só de passar pela mente. Aprendemos mais do que supostamente deveriamos. Nas conversas, segredos, bobagens cometidas juntos. Nós fomos um só. Cada ano que passou deixou uma marca em cada um de nós. E durante esses anos, diversas pessoas passaram, deixando marcas e partindo. Dava para sentir o gostinho e ter uma base do que é a vida. Lá dentro a gente foi feliz, e com certeza, rimos todos os dias, cada sala tem a sua vivencia para contar. Nós brigamos, lutamos para conseguir aquela nota azul suada de matemática, lemos e relemos diversas vezes os benditos dos seminários. Discutimos com professores. Corremos atrás de programas, peças de teatro. Até disputamos um pouco para ver qual sala se sairia melhor. Contamos segredos, experiências, até cantamos dentro da sala. Com certeza cada um tem sua importancia aqui.
E agora, ser ou não ser, eis a questão. Não somos mais os filhinhos, chegou a hora de virar gente grande. E gente grande não é ser uma das meninas super poderosas, não dá para ser a powerranger rosa ou o preto, e nem o Batman. E não podemos esperar que as coisas simplesmente aconteçam. Chegou hora de irmos atrás daquilo que queremos. E quantos de nós ainda não temos dúvidas? Depois daqui, o que vai ser? Quem nós vamos ser? Quem iremos nos tornar? Seguiremos carregando bons momentos, lembranças de um colegial que nos trouxe muita coisa boa. Nada é eterno, nós não sabemos os nossos próximos dias, mas dentro de nós ficarão marcados todos os anos, todas as experiências, todas as risadas. Pouco importa se não nos veremos, ou não nos falaremos mais. As lembranças mesmo assim estarão lá.
Agora temos que nos erguer e seguir por um caminho inesperado. Aprender, conhecer, ensinar, viver. Nos separamos das asas, que nos protegiam, para criarmos as nossas próprias. Temos que dar os nossos próprios passos para um futuro. Sem depender de ninguém, a não ser de nós mesmos. Chegou a hora de sermos livres, levar a vida da maneira como queremos. Deixar brilhar aquilo que temos dentro de nós, iluminar a vida. É mundão, você nos aguarda. Estamos prontos e frescos para cair na vida, para novos momentos maravilhosos, para levantar após mais tombos. Mas, acima de tudo, prontos para nos deliciar na felicidade que é viver intensamente, desejando o mundo todo só para gente, festejando cada sorriso, cada abraço, fazendo de tudo uma nova aventura. E desejo que todos nós possamos seguir nossos caminhos buscando ampliar nossa alegria e contagiar os que ao nosso redor estão. Que possamos seguir com coragem, com força e fé naquilo que acreditamos. Que possamos ser jovens enlouquecidos devorando as maravilhas de um mundo cheio de perfeições e imperfeições. Que sejamos sem limites, mas que possamos olhar para trás e ver que tudo valeu a pena. Que possamos, enfim, realizar todos os nossos sonhos. A vida nos espera. E "Viver... é melhor que sonhar"

Já sinto saudades ♥

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tem que ser moça inteligente

Recentemente estive tentando escrever, mas só hoje alguma coisa brotou na minha cabeça. Eu preciso pensar nos meus próximos dias, já que a minha rotina está pelo fim. Eu precisava de alguma coisa para falar sobre o fim do meu colegial. Mas agora eu percebi que o que eu quero mesmo dizer é que estou desesperada. Não exatamente arrancando os meus cabelos, mas cheguei no lugar em que eu preciso mesmo, enfim, crescer. E não adianta ladainhas, existirá sempre em mim uma princesa, uma criança. Mas diante de minhas atitudes, é necessário. Não tem remédio para amenizar a dor, nem para avançar esse passo e crescer de uma vez só. Eu queria ser inteligente o bastante, e experiente o bastante para não sofrer em determinadas situações. É que o meu anjo disse que ser inteligente, é melhor. Ele disse que serei mais feliz se agir com leveza e sem pensar por impulso. E que burra eu fui esses dias fazendo tudo ao contrário. É anjo, fiz coisa errada. Mas quem sabe assim eu não aprendo? Eu queria ser mulher experiente, para ser serena e não esquentar com bobeira. E resolver os problemas com a cabeça e não com o tempo. Eu faço tudo rápido, e às vezes, sai tudo errado. E o anjo falou... falou que era para eu pensar antes de falar, antes de fazer. Eu quero ser moça inteligente e ser paciente para não perder a estribeiras. E ter um bom gingado, saber como fazer as coisas e deixar as dores de cabeça não me atacarem. É anjo, eu estou te ouvindo, pode falar. Me ensina para eu virar moça esperta, para eu não deixar ninguém me virar de ponta cabeça e manter minha dignidade. Vou anotando as lições para nunca esquecer que eu preciso ter paz e não deixar qualquer um tirar minha sanidade, minha tranquilidade. Pode deixar, anjo, tenho escutado. Minhas notas mentais não me deixam esquecer.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Além daquilo que se fala

Que patético é encher a boca para dizer que riqueza não é necessária, quando se está em busca de riqueza. Que patético é criticar o rico, quando deseja-se ser rico. Eu acho engraçado todos esses textos, todos esses cidadãos que têm a capacidade de escrever, de falar tanta bobagem e não saber nem do que está falando. Dizendo que a população é alienada, quando em sua casa você o encontra de frente com a televisão. Dizendo que somos escravos da tecnologia, andando com um smartphone no bolso e um notebook na bolsa. Contraditório. Patético. Quando se tem uma teoria, vive-se uma teoria. Pregando uma crença e vivendo outra ideia é ser, tão e completamente, o mesmo que o resto do mundo. Hoje em dia até os críticos são duvidosos, palavras não passam de palavras. Quando se tem um ideal, uma ideologia, não ficamos apenas nas palavras, nas criticas à sociedade, na "indignação", vive-se. Anda, come, veste, fala, faz, perante aquilo que tem fé. Não, nem todas as pessoas são vazias, estamos cercados de superficiais, de pessoas que buscam só e unicamente o bem material. Mas criticar tais não faz de você alguém diferente, alguém que busca algo à mais. Viver te faz melhor, mas não para os outros, não para a sociedade. Vive-se uma crença, a sua ideologia não vai mudar o que os outros pensam, ou como os outros agem. Vai te fazer alguém melhor para você mesmo. Para sua alma respirar e absorver aquilo que é bom, e não aquilo que nosso corpo material acha ser bom. A saúde não se trata da matéria, se trata da mente. Palavras são só palavras, uma ideologia vai muito além disso.


"Esquece que caixão não tem gaveta.
E que dessa passagem, a aprendizagem
é a única bagagem levada..."

domingo, 19 de setembro de 2010

Vai ser fácil assim?

Eu estou aqui. Eu continuo louca para te ter nos braços, louca para estar nos seus braços. Essas vontades já moram em mim há muito tempo, continuo desejando insistentemente que você esteja comigo durante um dia inteiro. Não quero deixar nada para traz, por conta disso não quero aceitar nenhuma mudança que te tire de mim. Com você, aqui, tudo fica mais fácil. E já usei todas as minhas palavras para te explicar e você continua no mesmo discurso. Já me deixei levar, desejei que nada viesse para não termos que ir. Enquanto você facilitou tudo, enquanto você me dizia que queria sair, eu estava tirando os telefones do gancho para não ter que me separar de você. Deixei o tempo passando e sem notar, ele passou tão mais rápido. Só porque eu não queria ninguém aqui, todo mundo resolveu aparecer. Minhas linhas já estão traçadas, aguardo pelo destino. Ele vem, cada passo que dou ele vem chegando. E eu, achando que estaria de braços abertos para o futuro, achei que seria forte o bastante, me esqueci que isso tudo não passa de um truquezinho barato. No escuro, sozinha, tudo é mais difícil. Então fica, eu vou dizer isso mais mil vezes. Eu já disse e não vou parar de repetir, fica. Quando chegar a hora, você vai. Mas não faça tudo mais rápido, não me deixe para trás antes da hora. Eu quero o seu colo, o seu cheiro na minha pele e o meu nariz no teu pescoço. Estava na cara que eu não queria que o destino te tirasse de mim, mas não me dá de bandeja assim não. Não facilita. Não deixa tudo que nós tentamos construir escapar por entre os seus dedos. Não deixa a sua memória apagar tudo que levei à você. Se for para desvencilhar, me avisa para que possa seguir sua onda. Por mais que eu tente, nada será deletado. Continua tudo aqui, tão guardado e tão querido. Eu não quis que o tempo passasse. Só para não ter que me separar de você.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Faz tempo

Parece então que o tempo começou a correr mais rápido. Parece que só quando eu quero que ele passe, ele não passa. E quando quero que ele pare, nunca para. No meio dessa rotina tem tempo no meu coração que eu dedico a você. Deitar na cama sozinha nunca é fácil, nem para aqueles que dizem gostar da liberdade de ser um solteiro. O dia acaba, e eu vou estar aqui e você lá. Quantas vezes terei de dizer que eu quero que você chegue em casa todos os dias para me beijar com lábios de alguém cansado? Já perdi a conta das vezes em que disse que gostaria de levantar pela manhã e tomar café ao lado dos seus olhos inchados. Acordar no meio da noite tornaria-se um momento bom, você sabe como me deixa intrigada. Há tempos me tornei uma ingênua apaixonada. O amor me pegou e me deixou de cabelos em pé. Já deixei para trás o meu orgulho e tive de dar minha cara a tapa. Mas se você não vem, eu fico feito barata tonta esperando o celular tocar. E se você não me der um beijo antes de dormir, eu vou ter de te acordar no meio da noite só para me dar mais um beijo. E se você não estiver do meu lado... bom, algumas coisas não farão muito sentido. Eu estava precisando mesmo de alguém para conversar, para me escutar e para eu ouvir. Senti saudade de velhos amigos, ah como senti... Mas sinto aqui meus pequenos desejos, tão simples, que nem custam muito fazê-los reais. Já chamei você para vir ficar comigo, já quis esquecer o mundo do seu lado, já não precisei de muito quando você estava com os braços em volta de mim. É que assim as coisas parecem ter mais cor, ter mais vida. E essas atitudes simples fazem meu sorriso mais alegre. Foi você, que me fez ter mais coragem! E agora, eu já não sei como tirar isso de mim...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Fica no peito

Eu acabei voltando, aquele antigo jeito de lidar com as minhas coisas. Eu prefiro assim, eu acho. Eu quero mesmo crescer, e não posso evitar nada. As coisas acontecem como têm que acontecer, nada que eu diga ou faça vai mudar. Amor, o que tiver que acontecer, vai acontecer. Disse por aí coisas que nem sempre quis dizer. Sinto aqui algumas coisas que já não recordava. Vai, vai sim, pode ir. Eu também vou, hora ou outra, também irei para algum lugar longe. Alguns voltam, outros não. Não digo com tristeza, é a vida. As pessoas precisam partir, talvez outras cheguem. Só não posso deixar a solidão vir me encontrar. Você e eu, nós não temos tempo para tristezas. Nós não fomos feitos para isso. Eu tenho milhares de coisas para conhecer. Tenho muito pôr-do-sol na sacada para observar. Eu quero tanto amar cada pedaço gostoso e cada risada. Cada vez que minha barriga dói de tanto rir, amor, é tão bom sentir isso. Não pude deixar minha alegria na mão de ninguém, preciso me lembrar disso constantemente. O meu dever é a construção da minha felicidade. Vou trabalhar nisso, é assim que eu quero. Você me ensinou, eu não posso deixar o tempo me ultrapassar, deixar os dias vazios me passarem para trás. Não importa quantos irão, não importa quantos virão. É desse jeito que tenho que viver, é dessas coisas que eu tenho que rir, e quero sentir saudade das minhas risadas da semana passada, e amanhã, sentir saudade de tudo que ri hoje. Quero olhar para trás e sentir que tudo isso valeu a pena, mesmo. Sem arrependimentos, só lembranças de tempos bons. Vai, vai sim. Fica bem, eu também vou ficar. Talvez eu vá um dia, para algum lugar bem longe, eu quero mesmo conhecer tantos lugares. Eu vou lembrar sim querido, tudo isso foi tão bom. A vida é assim, não vamos nos lamentar. Algumas coisas começam, outras terminam. Não vou guardar nada que for ruim, vamos. Fica tranquila, a vida vai nos trazer muitos sorrisos ainda!

"Mas não tem nada não
Só guardo o que foi bom
No meu coração
O amor é como o sol
Sabe como renascer..."

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cabeça Dura

Enfim se acumulam em mim algumas dorezinhas que deixo passar durante os meus dias. E eis que elas gostam de ressurgir todas juntas e bem misturadas, tornando tudo mais difícil. Algumas coisas precisam simplesmente cair em cima de você, e naturalmente se forem muitas, te esmagarão. Acredito que seja mais fácil culpar uma única pessoa, sabendo que a mesma não lhe trará tantos problemas, do que ao menos tentar resolver determinados problemas com diversos seres humanos. Viver em conjunto não é assim tão fácil. Muito menos quando dizem que você tem de agir de determinada maneira.

Então, se eu sou dona de um animal ou qualquer outra coisa, este deve agir, pensar e entre outros, da maneira como eu quero. Ou não? É estupidez achar que só porque você se diz dona este alguém ou coisa tenha que seguir sua risca de raciocínio. Desenvolvemos ao longo do tempo diversas maneiras de lidar com a vida e seus atributos, cada um então desenvolve sua maneira. Tornando assim as pessoas diferentes umas das outras. E é por isso que viver em conjunto é tão difícil. Porque é incrivelmente doloroso aceitar que outra pessoa haja de maneira que não o agrada. E sim, isso acontecerá muitas vezes. Assim como ao nos depararmos com problemas temos maneiras opostas ou similares de trata-lo.

Mas, se ao trata-lo complicamos ainda mais o tal do problema, então eu deveria mudar ou continuar até o bendito se esvair? Problemas não se vão assim, eles continuam lá por mais que calados. E naturalmente, alguns defeitos para algumas pessoas não são suportáveis. E já que é necessária então a vida em sociedade, também é necessária a igualdade e o respeito entre eles. Pelo menos eu acredito que respeito seja, no mínimo, a base da vida. E realmente não dá para fazer alguma coisa e impedir que os outros o façam também. De qualquer maneira, algumas pessoas mesmo que tendo alguém para aconselha-las a melhorar seu convívio com parceiros preferem ser individualistas e olharem para os seus próprios umbigos. Mesmo que em alguns casos esta maneira se contradiga.

Ao me deparar com a dificuldade de algumas pessoas aceitarem o jeito de outras, eu me pergunto se quero ser alguém que acredita no convívio entre grupo, vivendo da minha maneira mas respeitando o próximo, ou ser alguém ignorante que acredita que o meu jeito tem que ser (obrigatoriamente) o jeito dos que me cercam.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não desbota, não

Então eu acordei novamente em uma segunda-feira, bem cedo. E não lembro como consegui e tive forças para me levantar da cama quente. Eu só me lembro de me despir e me jogar dentro do chuveiro. Eu ficaria ali por mais tempo se pudesse, mas novamente fito o relógio. Tudo começou de novo e eu fiquei assim, sem vontade de correr para os braços de uns amigos, alguns colegas. É que essas manhãs gélidas e essas pessoas na rua são sempre as mesmas. É que os comentários, as fofocas, são sempre as mesmas. E eu fico perguntando para mim mesma quando nós nos tornamos tão sem graça e tão sem ânimo para essa vidinha sempre-a-mesma-coisa. Para falar a verdade, nada que você vá dizer, querido, vai me deixar com vontade de escrever-te novamente. É que estou cansada também dessas mesmas palavras. Essas juras, e esses carinhos nós já conhecemos. Nós já nos conhecemos muito bem e eu só estou um pouco enjoada. Enjoada das minhas lamentações podres e esse esperar que algo aconteça. Eu só estou deixando a vida acontecer, mas tudo tem sido um pouco sem graça, um pouco sem ânimo. Tem alguma coisa em mim que está pedindo um pouco mais de graça, um pouco mais de cor nessa vida que anda descolorindo. Eu preciso retocar todas elas. Eu quero conversar com alguém que só queira me fazer rir sem esforços e seja assim, sem compromisso, sem pressão. Eu quero tudo mais leve, mais tranquilo. E tudo parece tão na mesma e tão sem graça. É que eu estou tão afim de alguém que queira realmente conversar e esteja realmente interessado em ser feliz, porque essas pessoas de sempre são muito desanimadas para mim, que quero mais cor na minha vida.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um dia a gente vem

Eu queria escrever. Já não sei se tenho mesmo algum motivo para isso, não tenho nenhuma história - apesar de, normalmente, observar algumas pessoas e imaginar uma história que conte sobre eles. E sinto que sem as minhas palavras eu não tenho nada que é realmente meu. Eu também já não tenho muita vontade de ler algumas coisas. Alguns dos escritores que me interessavam tornaram-se desinteressantes. O cotidiano os levou para aquilo que todos nós falamos e todos nós já passamos. Está tudo tão normal, tão igual. Tão a mesma coisa. E eu queria confessar que, eu sinto falta das minhas páginas, dos meus textos amadores. Eu sinto falta de algumas pessoas que por culpa do destino estão um pouco ausentes. Eu queria que o mundo não levasse eles embora. Mas algumas coisas têm mesmo que ir. Um dia, quem sabe, eles podem voltar. A gente pode se encontrar assim, andando na rua ou tomando um café. A gente pode se encontrar num barzinho, atoa. E vai ser bom dar outro abraço e lembrar como alguns amigos serão sempre amigos. E que o sorriso nunca vai mudar.
Tem dia que eu sei. Sei que nosso tempo não é agora. Que não sei de você hoje, mas mais para frente você vai querer me contar como você está. As nossas mudanças não vão parar, e isso vai continuar. Nós vamos continuar mudando. E sinto tanto por deixar alguns para trás. Ou por me deixarem para trás. Verdade que já não me lembro como me organizar, ando assim, tão perdida. Preferia não ter de pensar tanto no futuro. Gostaria de poder, novamente, desejar que chegassem os dias de paz, longe de casa. Ter tempo de dormir o dia inteiro e não pensar, depois, que se eu não me mexer agora, não poderei parar. Nós estamos com tanto medo que não conseguimos mais diferencia-los. E não sabemos mais sobre o que se trata cada um deles. Eu não vou dormir no escuro e tenho medo de perder o sono durante a noite. E se pensar em você não vai resolver o meu problema, então eu não quero pensar em mais nada. E encarar o próximo dia tem sido aterrorizante. É que a gente está assim, perdido. E já não sabemos aonde pisar, só porque não sabemos se é mesmo certo pisar. O menino pobre sabe que de manhã, ele tem que acordar e vai trabalhar e é assim que ele vai construir tudo para ele, e vai buscar a felicidade, não vai? E eu, eu não sei... eu não sei... não sei por onde eu estou andando.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Locked

Eu quero surtar, vez ou outra. Gritar, chutar, bater. O que vier pela frente. Me encho de indignação, e não de raiva. Antigamente, nas minhas linhas mal traçadas eu me dizia presa. Era quase uma descrição: trancada para o mundo. Talvez seja por isso que eu tenha criado, ou tentado, diversas vezes viver em um mundo meu. Mas não deu certo. Eu pisava um pouquinho lá fora, me encantava e queria tudo para mim. Eu queria o mundo inteiro. Eu queria devora-lo, e não deixar-se ser devorada. Eu queria mais. Na verdade, eu continuo querendo. Porquê, nada realmente mudou. Continuo assim, tão frágil e tão presa? Presa? Ainda? Como assim? É, tipo isso aí. Nós vamos sempre querer mais saborear o doce da liberdade. Querer se jogar em cima do que vier, como vier, não importa o que aconteça. Eu quis viver. É disso que estou falando, da vida. Da minha vida. Eu tenho ainda muito chão pela frente e quero isso logo. Eu quero o mais rápido possível. Faço mesmo tudo na pressa. Mas isso é diferente. Ninguém pode me privar daquilo que eu tenho que viver, pode? Uma criança tem que tentar, para dar seus primeiros passos. E sabemos que ela cairá. Mas nem por isso nós evitamos que ela tente. Haverão tombos, eu sei, mas eu terei de passar por todos eles se eu quiser aprender, se eu quiser levantar sozinha, se eu quiser dar os meus próprios passos. Ficar aqui já não me cabe mais. Estou esperando há tanto tempo o momento em que eu poderei olhar sozinha o mundo. E ser eu, e não mais os outros. Eu queria tantas portas abertas, e elas continuam trancadas. E eu queria mais janelas mas não há nada também. Não existe luz. E eu quero conhecer lá fora. Só, ainda não sei como dar o primeiro passo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Divagações

Em minhas divagações ando meio confusa, meio complicada. Às vezes, peço que me mandem um sinal. Eu queria saber se estou andando nos trilhos certos. Eu só saberei sobre isso no futuro. E nas minhas divagações eu tenho tanto medo do futuro, e do que eu posso me tornar. Eu sei, eu sei, tudo depende de mim. Ter todo esse peso aqui em cima me atormenta. Eu não quero ser um fracasso. Eu quero que tenham orgulho de mim, e, acima de tudo, eu quero me orgulhar. Eu quero saber que, tudo que faço me fará feliz. E de vez em quando eu sou apenas uma criança. Ou eu gostaria de ser. Nós estamos com tanto medo que preferimos não fazer nada. E eu preciso disso, preciso crescer também. Durante alguns minutos eu gosto do silêncio. Ele me faz colocar boa parte das palavras em ordem na minha cabeça. Em outros tempos, ele não me agrada. Pois, assim, em meio ao nada, vêem à mim tantas divagações. Eu fujo delas e elas me encontram. Eu me recuso a pensar em algumas coisas. Uma hora elas tem que vir à mim, e eu serei obrigada a resolver tudo. Às vezes sou uma adulta. Acabo ficando nesse meio termo, fico entre o muro. Eu quero, e não quero, ao mesmo tempo. Acabo assim, meio confusa. Evitando alguns pensamentos. Querendo, sempre, só o sossego. Porque, então, não serei, obrigatoriamente forçada a pensar em certos momentos. Crescer é coisa seria. E para ter orgulho de mim mesma, eu serei obrigada a crescer, e fazer tudo direito. Não? Então, eu queria só um sinalzinho. Para saber se eu estou na direção certa, se preciso tomar mais juízo. As minhas evitadas-divagações vão aparecendo de tempo em tempo, em algum momento terei de encara-las... Terei de encarar o mundo inteiro. E viver, só viver. Sem caminho certo ou errado: só a vida.

sábado, 19 de junho de 2010

Parecia inofensivo

Existem sensações que nós só sentimos uma única vez. Existem saudades tão profundas que sentimos o momento novamente. Ele não está acontecendo, longe disso, mas a imensidão faz sentir a sensação novamente. E às vezes, eu me estranho por lembrar do cheiro de alguém na saudade. Ou por lembrar da minha emoção. Saudade é assim. Deixa a gente meio perdido. Eu sinto saudade de algo que eu tenho hoje, mas alguns momentos são tão bons que deveriam durar eternamente. Então, eu lembro. E queria viver tudo de novo. Tem coisa que domina a gente, que escorre no corpo, que dá inspiração para a alma. Me pega desprevenida e me coloca de cabeça para baixo. Me surpreende, sentimento que fica grande demais e a gente quase não consegue controlar. As coisas normalmente acontecem assim, querendo mudar a gente. Querendo enlouquecer. Quando o sentimento me devora eu fico diferente, perco um pouco os sentidos. Às vezes é bom, outras, eu preferia manter minha sanidade. Gosto de mostrar, eu gosto de demonstrar. Eu quero dar carinho e não quero esconder quando quero carinho. Talvez, assim, eu possa aproveitar ainda mais cada parte de uma emoção. E faça dela, ainda melhor. É bobagem deixar passar os momentos escondendo algo. Eu quero assumir o que eu desejo. E o meu desejo é ter carinho e dar carinho. É muito calor, mão na cintura, minha pele na sua. São os nossos lábios, as mordidas no queixo. É o calor do abraço. Eu queria viver assim, eu quero viver sendo amada e amando. E não vejo defeitos nisso. Sei, também, que não há como ser sempre assim. E eu vou querer não te amar, mesmo te amando. Vou querer te encher de beijos e te abraçar forte mas você terá feito algo e eu estarei de cara então deixarei para mais tarde. Fico pensando que esses momentos serão jogados no lixo, e talvez eu abra mão do meu orgulho e faça tudo mesmo. E te ame mesmo sem querer. É que o sentimento me devora e eu não sei me controlar. Ele é grande demais, e, por isso, me preenche e transborda.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dentro dos padrões

A luta dos homens diz-se estar encerrada. Dizem que hoje, há paz. Dizem que hoje somos livres. Dizem, eles dizem, que nós temos os nossos direitos. Tantos dizeres, e tantas convicções falsas. Tantas mentiras atrás de mentiras. Nós somos todos mentirosos. Vivemos e convivemos com mentiras. Desde os tempos em que os portugueses chegaram nessa terra e fizeram dela, aquilo que eles desejavam. Hoje ainda existe tudo aquilo que existia nesses tempos. Ainda vejo preconceito, ainda vejo corrupção, ainda vejo a falsidade, a ganância e o egoísmo do ser humano. Nós estamos cercados disso. De muita hipocrisia. Há aqueles que ainda se orgulham, eu bato palmas. Principalmente para aqueles que ainda lutam. Nas ruas, a nossa nação, a sociedade que deveria ter o ideal de seguir aquilo que acredita. Eles não acreditam em nada. Eles não querem nada. Os protótipos e alienados de cada dia. A sociedade sem mente, sem sabedoria. Cada dia mais somos feitos seres não-pensantes. É assim que somos construídos. E ainda tem gente que tem orgulho. Também há escolha, outro caminho, um caminho mais longo e mais trabalhoso, feito para que nós possamos construir aquilo que ninguém quer: o pensamento. Enquanto o caminho mais fácil e mais fútil continua sendo o mais usufruído. Vocês são assim, minhas pobres almas vazias. Feito robôs, construídos apenas para fazer volume. Um instrumento que temos manual de instrução. Alienados. Ainda somos escravos, ainda somos penalizados por aquilo que falamos. Ainda temos, como principio, que o dinheiro é a nossa busca. Ainda somos meros corpos. Me frustra. Eu vejo que ninguém mais quer conhecer, só ter. Quero poder construir algo que a maioria não tem, quero ser aquilo que as pessoas hoje, já não pensam mais em ser. Eu quero saber. Aprender. Não preciso ser só corpo. Já diz um velho ditado "Dessa vida, não se leva nada". Os olhos um dia enchergarão, escutarão além da zona de conforto. Minha mente vai carregar aquilo que aprendi.



"Chega de viver só por viver,
Chega de pensar só por pensar..."

Ps: Lu, obrigada por ter ajudado!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma Metamorfose

As horas levaram embora os momentos passados. O tempo já me levou tanta coisa, já me levou também e me trouxe de volta. Eu vi e revi os meus valores. Já fomos tantos, já criamos tanto nós mesmos e nos desfizemos. Parece que sempre tem mais alguma coisa ali que precisa ser feita novamente. Talvez, melhorada apenas. Ou completamente errada. Eu já tive uma cabeça diferente, já quis conquistar objetivos que hoje, me parecem engraçados. Mas com todos esses desejos eu senti meu corpo fortalecer. Me alimentar. Eu quero devorar todos os meus planos e ideais. Eu quero tanto lutar, sem pensar somente em vitória. Eu só quero lutar. Também quero dar a minha força para chegar até lá. Esse relógio vai andando e vai mudando. Deixando marcas. Não posso dizer que são momentos que simplesmente passaram. Eles marcaram. E nossas mentes tão aceleradas, nossos corpos, nosso rosto. Os nossos ideias. As nossas conversas. Tudo mudou. Vai continuar mudando e eu vou me cansando de toda essa mesmisse, toda essa coisa repetida. E é por isso que nós preferimos ser uma metamorfose. Para evoluir, nós vamos ter que mudar. Cada passo que eu der, desejo que seja para o meu melhor. E vou procurando sempre um equilíbrio. A minha busca interior não vai mudar, o meu espírito precisa de paz, precisa de tranquilidade. Busco a evolução nas minhas atitudes, para conseguir manter um equilíbrio. As minhas vontades vão mudar, as minhas pernas vão buscar novos caminhos, os meus hábitos vão pedir uma renovação. O meu ser vai querer sempre evoluir. O ambiente vai sempre mudar, e precisarei lidar com a mudança positiva. A alma, pede alimento. Pede inspiração.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

As manhãs

O silêncio lá fora ecoa. Eu só escuto vestigios de grilos, longe provavelmente, mas ainda escuto. Lá atrás, vem nascendo devagarzinho. Vem clareando lentamente o céu, que está escuro feito breu. Logo, não vejo mais as estrelas, parecem longe. E o céu já não é escuro, torna-se azulado. Quando ilumina forte, fica só o azulzinho limpo. Mas hoje é mais um dia de frio, e minhas mãos estão geladas. Implorando para estarem debaixo de um cobertor, assim como as minhas pernas, os meus pés, o meu corpo. Eu consigo imaginar você, que acaba de deitar em sua cama, e relaxa o corpo para esperar o sono te dominar. Aperta o cobertor contra o corpo, meu bem, que o frio vem e abusa. Lá fora, antes mesmo de o céu clarear completamente já saem essas pessoas, tão sonolentas que se apertam nos agasalhos, e imploram por mais tempo na cama. É, minha cama fica incrivelmente deliciosa nos dias gélidos. E eu queria, imensamente, te acompanhar na dança e me esquentar no teu corpo. Agora, eu consigo ouvir melhor mais alguns ônibus, que começam a passar pelas ruas. E mais alguns carros que acabaram de sair de casa. Ainda assim, é silencioso, e os pássaros continuam cantando, e acho bonito como fazem barulho, porque é bom só escutar isso pela manhã. O silêncio torna-se gostoso, até que eu desperte realmente, e me lembre que o tempo, infelizmente, não para. E chega minha hora de ir embora. Eu queria, ai como queria, ficar algum tempo no seu cobertor, me esbaldar com o seu fervor, o quente da sua pele, e sentir os seus pés na ponta da cama rossarem nos meus, até que estejamos quentes, igualmente. E ali adormecer, deixar o frio entrar de mansinho, porque é assim que eu aproveito esse tempo geladinho. Imaginação, volta, e não me deixa passar vontade não, já deu minha hora, não posso me atrasar...

domingo, 28 de março de 2010

Em cima de mim!

Às vezes o mundo me devora. Me cobre e pisa em cima de mim. De um jeito que eu sinta medo dos minutos seguintes. Eu sempre disse que queria crescer, e agora, eu só queria parar um pouquinho. Parar só um pouquinho o relógio. O tempo. E apesar de gostar, tenho aqui um pequenino medo lá no fundo que, de vez em quando, parece que aumenta muito e depois diminui novamente. Se já cheguei até aqui, o estrago já está todo feito. Agora, não há como voltar atrás. E talvez eu não deveria ter vindo até aqui, mas simplesmente não consigo me arrepender. Se for um erro, me parece o melhor erro já cometido. Tenho meus altos e baixos. E sinto até mesmo que sou quem mudo e não os outros que mudam comigo. Sinto medo na maior parte do tempo, mas os escondo tão bem que quase nem os sinto mais. Mesmo assim, isso não quer dizer que eles não estejam aqui. Só estão quietinhos. Realmente, para quem já está molhado, um pingo é besteira. O problema é depois, quando eu chegar em casa ensopada e precisar jogar tudo no lixo e começar de novo. Será que dá para se desfazer das roupas molhadas facilmente? E se eu nunca mais puder usa-las novamente? Eu já cheguei até aqui, é verdade, mas o amanhã me deixa assim... insegura. Com um receio de nunca mais conseguir levantar de um tombo que eu tenho que tomar. O mundo está girando para mim, e as mudanças, elas vêem sem parar para alguém que já gostava do que vivia. Agora começa uma nova fase, e eu, tenho que continuar uma caminhada. Mas, será que alguém vai me acompanhar ou eu vou ter de seguir sozinha?

-

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Infância Frivola

Ali, bem no cantinho do quarto, aonde duas paredes grandes e brancas se encontram, existe uma criança. Cansada, os pés descalços e frios, as mãos sujas e os braços envolta das pernas. Apertava tanto os joelhos contra o peito que machucava. Aflita, ela ofegava. Faltava muito ar para este pequeno pulmão. E havia muito medo para este imenso coração. Não havia mais ninguém que pudesse dar-lhe a mão. Esta, estava sozinha. Tantas coisas passavam-se em sua cabeça pequenina, não lhe era suportável tanta dor, tanta miséria. Era uma criança. Crianças deveriam sonhar, deveriam ser ingênuas. A beleza de ser uma criança. O sorriso puro, sem preocupações e sem problemas. Existiam crianças diferentes, sabia? Diferentes do Peter Pan, que poderia ir à Terra Nunca e nunca se preocupar em crescer. Diferentes das crianças cheias de brinquedos novos e caros. Diferentes das crianças que mesmo com poucos brinquedos, expeliam alegria, sem preocupações. Pensamentos vagos. Existiam crianças que se preocupavam, que sentiam dor, que não tinham brinquedos. E não tinham sonhos. Estas, que vagam pelo mundo, tão frágeis e sozinhas. Que teem no peito uma vida longa ou curta pela frente. Que sentem fome. Que sentem medo, medo de verdade. Não medo da bruxa do desenho animado na televisão. Medo de não ter o que comer, medo de se machucar na rua, medo que alguém lhes faça algum mau. Medo que o mundo as devore e leve seu último suspiro de alegria. Um último sorriso tranquilo, sem medo, sem passado, sem angustia. Nós, que tememos demasiado tantas coisas que podem vir, jamais pensamos naqueles que temem o minuto seguinte. Aqueles seres que por dentro, ainda que não vemos, teem tanta força escondida. Força para lutar contra cavaleiros, dragões, monstros gigantes. Força para um mundo que se constroi dentro deles mesmos. Força que depois, cresce ainda mais, quando chega-se ao mundo real. Quando crescemos. A força vem da criança que vemos nos carrinhos que uma mãe ou um pai guia, com um pequeno ser dentro, mostrando um sorriso até mesmo sem dentes ainda. Quando existem crianças assim, ainda existem forças. Mas, ainda há também, milhares de crianças presas em um canto escuro, com medo e tendo que encarar uma vida sem sonhos, sem magia e sem o encanto de ser uma verdadeira criança.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Me encanta

Quando ele andava, erguia o tronco, mas não muito - para que as costas continuassem levemente curvadas - as mãos pareciam serradas, pronto para dar um soco em alguém. Era engraçado vê-lo caminhar, parecia incrivelmente grande e resistente, forte. Como se qualquer coisa pudesse bater em seu peito e não feri-lo, de maneira alguma. Eu não saberia como tirar os olhos, era quase impossível. Quase, até que eu me lembrasse insistentemente que deveria parar, e parava. Com muito esforço. Quando eu passava ao seu lado, o cheiro do perfume e do banho era facilmente notável, até mesmo de longe. Não era preciso que ele chegasse muito perto, e bastava ele se aproximar mais um pouco para que meus braços implorassem pelo aconchego. E eu sempre conseguia uma parte do que os meus braços imploravam. Ele me envolvia nos braços, que quase me sentia na minha cama, era até mesmo quente. Eu consegui com ele quase tudo aquilo que desejava. O melhor dos melhores. Eu esqueci o que eu achei que não esqueceria, tudo por culpa daquele sorriso. Aquele! Aquele que você nunca esquece, que te deixa com cara de idiota, que te faz pedir mais e mais e mais e mais. Também não achei que, um dia, me sentiria tão patética por alguém. Não tanto assim, pelo menos. Eu ainda queria mais um pouco dele. Haviam dias em que eu não conseguiria saber o que estava sentindo, dias em que eu tentaria me desvendar o tempo inteiro e não acharia resposta. Mas nos outros dias, a maior parte dos dias, estaria estampado na minha testa que eu o amava, com todas as forças que existiam no meu corpo. E eu me odiava por isso, por amar tanto alguém e querer tanto agradar. Eu não costumava sentir isso, depois de tanto tempo, a sensação continua sendo muito nova para mim. E eu, certamente, não sentiria o meu corpo fervilhar com outra pessoa. Não acharia, muito provavelmente, em ninguém o que eu achei naquele do corpo firme, dos olhos castanhos, e que sorri da maneira mais encantadora possível e inimaginável.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Assim, ela já vem!

Eu me preocupei demais com o que você sentiria que esqueci com o que eu mesma poderia sentir. E passei grande parte dos tempos aflita. Houve um tempo em que eu saberia como não viver temendo por algo. Nós já fomos diferentes, já fomos seguros de nós mesmos, já não tememos perder. Veio alguém e mudou tudo. Mudaram para mim. Em algum lugar das minhas gavetas havia a formula para como ser segura o bastante e não se importar absolutamente com os sentimentos de outra pessoa. Eu já achei que isso era verdade, que nada importava mais do que as coisas que se passavam na minha cabeça e no meu coração. Bom, talvez seja realmente isso que importe. Também passei muito tempo me analisando, me perguntando se era real o que passava-se dentro de mim. Ardeu tanto no meu peito, o vácuo que eu achei que existia nunca existiu. Eu me refiz completamente. Sem feridas, sem medos. Ou pelo menos eu achei que fosse assim, me senti assim na maior parte do tempo. E não quero e nem preciso que alguém me tire isso. Eu vou me refazer todas as vezes que alguém vier, e me partir em sei lá quantos pedaços. Não haverá mesmo tempo para pegar os pedaços, você vai precisar criar novos. E acreditemos que seja possível, por favor. Acreditemos em nós mesmos e que há uma semente linda e que cresce muito, o tempo todo, no nosso corpo e que chamaremos de felicidade. As coisas vão mudar, eu sei que vão, o tempo vai continuar passando rápido demais. Mas não vamos parar para chorar pelos tempos passados, nós não conseguiremos evitar nossos destinos. Ele vem, mais tempo ou menos tempo. O clichê de que não sabemos o dia de amanhã é tão pateticamente verdadeiro! E nós não vamos sofrer por isso. Nós vamos aceitar, e seguir o caminho da maneira como nos é proporcionada. Eu escolhi seguir em frente, e tenho certeza de que serei feliz. Aconteça o que acontecer, encontremos a felicidade em qualquer uma dessas esquinas.

• www.formspring.me/midnightmovie

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nem sempre é fácil

Ter um relacionamento estável (monotonamente falando) pode ser algo quase impossível. E se você quer saber, chato também. Não vou dizer que meu relacionamento é completamente instável, e que qualquer coisa é facilmente lidavel. Não basta arranjar um cara legal, com bom papo, engraçado, bonito e que te entenda e queira estar com você sempre. Achar um desses já é difícil, se manter com ele não é tão difícil e nem tão fácil assim. Às vezes a gente acha que encontrar alguém ideal já basta, entretanto, existem fatores para que colaborem para que algo dure. Não falo só de relacionamentos homem e mulher, falo também de amizades. Quero dizer, você precisa ter limites quando se relaciona com alguém, precisa saber como trata-lo e como conversar. A pressão pode ser diferente com amizades. De qualquer maneira, a verdadeira delicia de um relacionamento é aprender como lidar com situações diversas pensando não somente em você, mas em vocês dois. Afinal, um relacionamento não se trata só de uma pessoa. Confesso que nem sempre sei o que dizer ou o que fazer e que, em certos momentos, deixo escapar coisas que certamente não deveriam sair da minha boca. Mas a gente aprende, o importante é ter alguém que queira aprender também, que esteja tão afim de dar certo quanto você, que está também aprendendo. Quanto à isso, não posso reclamar nem um pouquinho. Nunca é completamente fácil, nada na vida vai ser tão fácil assim, e mesmo que fosse, tornaria-se entediante. Cresceremos juntos, aprenderemos todos os dias e torço para que estejamos nos fazendo felizes por muitos e muitos tempos. Erros são cometidos, isso vai acontecer de vez em quando, e vai ser preciso boa vontade de ambas as partes para que o erro seja apenas um obstáculo pequeno que estaremos passando, e certamente lembraremos depois como mais uma etapa vencida. Eu quis, e quero, continuar ultrapassando as barreiras e construindo algo que, para mim, pode ser eterno.


Ninguém é perfeito, mas pode-se aprender a viver com alguns defeitos.

(www.formspring.me/midnightmovie make your question ahaha)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Feliz ano novo?

Não importa de que maneira você começa o ano ou termina o ano. Se liberte! Se não há o mar para lavar tua alma e levar as negatividades de você, faça isso sozinho. Pensamento positivo acima de qualquer coisa, eu vou continuar minha caminhada. A liberdade nós iremos conquistar com o tempo, enquanto isso levo no pensamento só as coisas boas e tendo fé que dias ainda melhores virão. Sorrio sim, e continuarei dessa maneira, não me importa o que vocês vão dizer, "O seu mal pensado o seu mal olhado não me faz andar pra trás e nem ficar parado". Passado é passado, levarei comigo somente as lembranças boas e os sorrisos. Não só começarei o ano com positivas vibrações, começarei assim todos os dias.

Comece uma nova vida todos os dias!