domingo, 6 de fevereiro de 2011

Não te quero, emoção!

Minha mãe entrou no meu quarto, eu sabia que as coisas ficariam melancolicas. Eu não sentia o meu coração, eu não sabia aonde minha cabeça andava. Eu simplesmente achava que assim seria melhor. Que não doeria tanto, estava enganada. As palavras dela me deram tapas, me esmagaram e diziam que era tudo sério. Que as coisas estavam andando no caminho que deveriam. Naquela hora, eu não sabia se era bom ou ruim. Foram meses lutando por isso. Foram meses de correria, de conversas, até mesmo de brigas. Eu sabia que tinha que ir. E não hesitei, eu não pensei no contrário. Eu não pensei em desistir. Na realidade, eu mal estava pensando. Realmente não sei aonde minha mente vagava. As nossas lágrimas se abraçaram, e eu finalmente senti o meu coração. Tão pequenino e apertado. Eu o reeprendi. Eu o fiz ficar calado. Ele não poderia estar ali, eu não queria sentir, eu não queria doer, eu não queria lágrimas. Eu queria estar fechada. Eu me fechei. Eu me reeprendi. Eu não senti. Algumas vezes as emoções vieram até mim e me beliscaram, elas queriam estar ali. Mas eu não deixei. Senti vontade de segurança, de um abraço apertado que não deixe nenhum vento passar por você. Eu quis ser afagada. Aonde estava o meu protetor? Aonde eu poderia encontra-lo? Eu não podia sentir nada, eu não queria. Então estava na hora. Novamente eu podia sentir o meu coração pulsando e o meu sangue correndo e a minha cabeça girando. Eu não sabia o que estava fazendo, ou sabia, não sei. Os meus braços estavam desesperados. A minha garganta fechou, eu precisava manter a calma. Era hora. Ficaria atrasada. Estavam me chamando, e eu passei a odiar mais ainda despedidas. Eu estava desesperada e mal conseguia me sentir. Eu me desfiz das sensações mesmo elas estando ali. Quando cheguei e não consegui me desfazer dela o meu coração estava tão apertado e meu oceano despencou. Eu quis voltar. Eu não quero sentir saudades, gostaria de esmaga-la. E os meus braços apertariam todos os meus grandes amores. Porque apesar de não querer, virei melhor amiga da saudade. E apesar de não conseguir mais conter, o meu coração só vai afrouxar quando eu voltar, quando eu puder sentir calor de novo.

3 comentários:

  1. Saudade, despedida... doi tanto, e sentir emoções é tão bom, mas tem horas que parece que sem elas as coisas são mais facéis.

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  2. ficar longe de quem amamos é mt dolorido mesmo.. eu não aguentaria ficar longe de certas pessoas.. ja é difícil das q moram em outros lugares... e pior q a saudade é algo q demora mt a ir embora... ou nunca vai.
    bjss

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  3. ai meu Deus.. eu sei exatamente oq é isso ..
    Querer parar os sentimentos, conter as lagrimas.. NÃO SENTIR. É oq mais se quer na hora da despedida neeh?
    Nos agarramos ao vazio na (inutil) tentativa de fugir da tristeza, da saudade ..
    Mas meu oceano é grande demais .. e nunca cabe dentro de mim, rs

    beijos, beijos.

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